E se um robô lhe perguntasse porque é que está triste?

Um robô que pode analisar as emoções de quem o rodeia e interagir em conformidade, ou que pode ajudar crianças […]

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A “família” de robôs Aldebaran – Foto de Sandro Salomone|Aldebaran

Um robô que pode analisar as emoções de quem o rodeia e interagir em conformidade, ou que pode ajudar crianças com necessidades especiais, parece um cenário do futuro.

Na realidade, não só já existe, como foi criado na Europa e está próximo de conhecer uma evolução que aumentará, ainda mais, a sua utilidade.

O pequeno NAO (tem 58 centímetros de altura) é a primeira geração de robôs que a empresa Aldebaran desenvolve. Na passada semana, um exemplar deste robô humanóide viajou desde Paris para interagir com quem participou na sessão de abertura do Open Days, evento que decorreu na passada semana em Bruxelas e onde o Sul Informação esteve presente.

Uma sessão que foi muito dedicada à produção científica, nomeadamente à inovação que promova o desenvolvimento económico. E o NAO é um bom exemplo daquilo que a Comissão Europeia idealiza para a Europa: iniciativas empresariais fortemente apoiadas no conhecimento e investigação, que tragam elementos inovadores para o mercado.

Perante uma plateia “rápida no gatilho” das suas máquinas fotográficas, smartphones e tablets, NAO falou, ouviu, questionou e até opinou. Não será difícil imaginar que foi, igualmente, a estrela da sessão.

São estas caraterísticas interativas que fazem deste um robô especial. NAO nasceu como uma unidade de apoio a humanos, seja para fazer companhia e dar assistência a pessoas acamadas ou com dificuldades de locomoção, seja para ser usado como instrumento terapêutico junto de crianças com necessidades especiais, entre outras utilizações.

Robot NAOO robô é produzido no âmbito do projeto apoiado por fundos comunitários «Juliette», promovido pela empresa Aldebaran, que nasceu em 2005 e desde então está sediada em Paris. O primeiro NAO foi criado em 2006 e já anda espalhado pelo mundo. Há já 7 mil robôs semelhantes ao que fez sensação em Bruxelas, espalhados por 70 países.

Entretanto, a Aldebaran, do Grupo Softbank, já criou um irmão para NAO, o robot Pepper e encontra-se a desenvolver um terceiro.

Pepper, lançado em 2014, é «o primeiro robot humanóide do mundo capaz de reconhecer determinadas emoções, explorar e reagir ao que se passa na sua envolvência e que usa um algoritmo que despoleta, de forma proativa, a interação», segundo a empresa que o fabrica.

Esta unidade «só está disponível no Japão e entretém, dá as boas-vindas e interage com cliente do Softbank e das lojas Nescafé».

Ainda em desenvolvimento está o robô Romeo, que medirá 1, 40 metros de altura. Um tamanho que é pensado para que possa dar um auxílio mais profundo, nomeadamente «abrir portas, subir escadas e alcançar objetos em cima de uma mesa». Os seus criadores perspetivam que possa começar a ser testado em lares de terceira idade em 2016.

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