Artes plásticas e jazz fundem-se na Ermida de Guadalupe

As artes plásticas e o jazz vão fundir-se no sábado, 10 de Outubro,na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, situada […]

expo catarina correiaAs artes plásticas e o jazz vão fundir-se no sábado, 10 de Outubro,na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, situada perto da Raposeira (Vila do Bispo).

Assim, às 16h00, é inaugurada a exposição “Paisagem” de Catarina Correia, seguida de um concerto de jazz por Hilaria Kramer (trompete) e João Madeira (contrabaixo), às 16h30.

Trata-se de mais duas iniciativas com a chancela DiVaM – Dinamização e Valorização dos Monumentos, organizadas pela Tertúlia- Associação Sócio Cultural de Aljezur, em parceria com a Direção Regional de Cultura do Algarve.

A exposição Paisagem é a última do ciclo de exposições de Arte Contemporânea – 2 ou 3×7 – a decorrer na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, de Abril a Outubro, no qual sete artistas plásticos – utilizando como media o desenho, a pintura, a escultura e/ou a instalação – são convidados a intervir de forma temporária neste espaço.

Catarina Correia é licenciada no Curso de Artes Visuais da FCHS – Universidade do Algarve. Utiliza o desenho, a fotografia, a cerâmica, entre outros recursos, trazendo para o seu processo artístico materiaisv e preocupações próprias do lugar onde trabalha, neste caso a região do Algarve.

Para esta intervenção, a artista,  cita um excerto de um poema de Sophia de Mello Breyner Andersen:

Paisagem

“Passavam pelo ar aves repentinas,
O cheiro da terra era fundo e amargo,
E ao longe as cavalgadas do mar largo
Sacudiam na areia as suas crinas.
Era o céu azul, o campo verde, a terra escura,
Era a carne das árvores elástica e dura,
Eram as gotas de sangue da resina
E as folhas em que a luz se descombina (…)”.

in Mello Breyner Andersen, Poesia, 1944

Hilaria Kramer é uma trompetista muito conhecida nos circuitos do Jazz na Suíça, e, de uma forma geral, nos países de língua germânica, mas ainda pouco conhecida em Portugal.

H. Kramer tem colaborado com diferentes músicos de Jazz de várias nacionalidades.  Em 2014 ganhou o prémio de melhor músico de Jazz na Suíça (Suiss Jazz Award).

João Madeira estudou contrabaixo desde muito jovem, iniciando os seus estudos de escola clássica e enveredando mais tarde pelo desenvolvimento da improvisação com este instrumento, através da prática do jazz e de diversas linguagens étnicas do mundo. Compõe a sua própria música, interpreta a solo e também tem colaborado regularmente com teatro e cinema.

Lançaram um disco em conjunto intitulado Sopa da Pedra.

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