Estudo pedido pelo PS diz que portagens na A22 podem baixar em 50 por cento

As portagens na Via do Infante podem ser reduzidas para metade do valor, «sem qualquer aumento da despesa pública». Esta […]

Portagens Via do InfanteAs portagens na Via do Infante podem ser reduzidas para metade do valor, «sem qualquer aumento da despesa pública».

Esta é a conclusão de um estudo encomendado pelos candidatos do PS pelo círculo do Algarve a «um conjunto de economistas e docentes da Universidade do Algarve», entre eles Francisco Serra e Pedro Pimpão, militantes do PS ligados a esta academia. O documento não tem a chancela oficial da Universidade algarvia.

Apesar de o estudo apontar para a possibilidade de haver uma diminuição «até 50 por cento»,  o compromisso que os candidatos a deputados algarvios assumem é o de lutar pela «redução imediata das portagens» na Via do Infante, apenas «em montante não inferior aos 30 por cento» do valor atualmente cobrado.

O PS admite que, «em determinadas condições», a redução pode ser de metade do valor agora cobrado, nomeadamente através de «um plano de benefícios para utilizadores frequentes, individuais ou coletivos (descontos a partir de um certo número de passagens) e tarifas especiais para veículos pesados de mercadorias e passageiros, em período noturno, durante todo o ano, e em período diurno, nos meses de maior tráfego na EN125 (junho a setembro)».

Além disso, querem que seja instalado um «sistema prático e exequível para veículos não nacionais, que agilize, facilite e assegure o modo de pagamento na fronteira do Guadiana».

O documento, cujo Sumário Executivo pode ser descarregado aqui (em PDF), diz que é possível reduzir as portagens até 50 por cento devido ao «”efeito de elasticidade” provocado pelo aumento da procura em função da redução do custo».

Além disso, indica que «existe uma diferença de cerca de 30 por cento entre as tarifas praticadas na Via do Infante e outras vias portajadas, penalizando as pessoas e as empresas do Algarve». Ou seja, as portagens na A22 são 30 por cento mais caras que nas restantes autoestradas.

Um exemplo é a diferença entre o que é cobrado a quem viaja entre Lisboa e Torres Novas (mais do que uma possibilidade por autoestrada) e no trajeto Odiáxere e Monte Gordo da A22. Segundo os socialistas, em ambos os casos está em causa uma viagem de cerca de 90 quilómetros, mas os que usam a Via do Infante pagam mais 3,3 euros, se se deslocarem numa viatura de classe 1, e mais 5,9 euros, casos guiem uma viatura de classe 2.

Ou seja, e extrapolando para alguém que tenha de fazer esse percurso diariamente, a diferença mensal é de 145,2 euros (classe 1) e de 259,6 euros (classe 2).

José Apolinário«É completamente inadmissível que os algarvios paguem portagens superiores ao resto do País. Impõe-se uma redução não inferior a 30 por cento no valor das portagens como forma de assegurar o cumprimento do princípio da igualdade e da não discriminação no valor cobrado por quilómetro aos utentes da Via do Infante», defende José Apolinário, cabeça de lista do PS às Legislativas, em nota de imprensa.

«Comparando o valor do trajeto Sacavém/Torres Novas, na zona de Lisboa, com o valor atual da Via do Infante, uma viatura que faça o trajeto Faro/Portimão ida e volta paga mais 1,10 euros por dia (mais 24,20 euros/mês) ou mais 1,20 euros por dia se for classe 2 (mais 52,80 euros/mês)», reforçou o cabeça-de-lista do PS pelo Algarve.

«Conhecemos e partilhamos o genuíno sentimento dos algarvios pelo fim das portagens na Via do Infante. As responsabilidades assumidas pelo Estado na concessão da A22 leva-nos, neste momento, com sentido de responsabilidade e verdade, a defender uma redução significativa do valor das portagens em benefício das pessoas, das famílias e das empresas da região», resumiu José Apolinário.

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