Energia solar permitirá ao IEFP poupar 34 mil euros por ano no Areal Gordo

É necessária muita energia elétrica para alimentar as amplas instalações do Serviço de Formação Profissional, no Areal Gordo, em Faro. […]

Central Fotovoltaica do Areal GordoÉ necessária muita energia elétrica para alimentar as amplas instalações do Serviço de Formação Profissional, no Areal Gordo, em Faro.

Com a inauguração da nova Central Fotovoltaica deste polo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), na passada terça-feira, a larga maioria da energia usada passa a ser “verde” e fornecida pelo Sol.

A delegação regional do IEFP apostou nas energias renováveis, num investimento de mais de 250 mil euros, comparticipado pela União Europeia, que permitirá suprir «entre 60 a 70 por cento das necessidades energéticas do centro» e será pago «em cerca de dois anos e meio», revelou ao Sul Informação o delegado regional do IEFP Carlos Baía.

«Isto é muito importante do ponto de vista da sustentabilidade ambiental, mas também do ponto de vista da boa utilização do dinheiro público, que tem de ser bem gerido. A partir do momento em que o investimento esteja pago, o Areal Gordo será fornecido, em grande parte, por energia elétrica gratuita», salientou o diretor da delegação regional do IEFP

Delegado Regional do IEFP Carlos BaíaO instituto público entrou com uma verba próxima dos 90 mil euros e conta poupar cerca de 34 mil euros, por ano, na conta da energia. Um valor elevado, que é possível atingir devido à capacidade que foi instalada.

A central é constituída «por 596 painéis solares montados em estruturas metálicas com inclinação e orientação adequada de forma a obter o máximo de aproveitamento da energia solar durante todo o ano», segundo o IEFP. «Dispõe de uma potência unitária de 150 Wp, 16 inversores com a potência unitária de 8 kW/KVA, com a potência total de 128 kW/KVA», acrescentou aquela entidade.

«Esta instalação é apenas para autoconsumo, não vamos vender energia à rede», precisou Carlos Baía.

Uma visita ao centro de formação permite perceber porque é que foram precisos tantos painéis. A instalação foi dimensionada para uma infraestrutura com muitas valências, entre as quais algumas que precisam de muita energia, como as muitas oficinas, onde são formados alunos nas mais diversas áreas, desde soldadores a técnicos de informática.

Esta melhoria, ao nível da eficiência energética do centro, não foi a única operada. O Instituto do Emprego está a apostar na renovação das instalações que tem no Areal Gordo, que têm 20 anos e, «naturalmente, precisam de manutenção e alguma renovação».

Entre os investimentos que têm vindo a ser realizados, conta-se a «melhoria das salas de formação», mas também a aposta na renovação de equipamentos, com o objetivo de «os adequar àquilo que são as necessidades do mercado de trabalho.

«Um bom exemplo é o material informático, não apenas ao nível do hardware, mas também do software, como o programa Autocad, que é uma ferramenta fundamental», exemplificou Carlos Baía.

Oficina no Areal Gordo«Por outro lado, estamos perto de celebrar um protocolo com a Samsung, em que a empresa nos fornecerá um conjunto de equipamentos e componentes. Isto significa que os nossos formandos, quando forem para o mercado de trabalho, já saberão trabalhar com estes equipamentos», ilustrou.

Também foram realizados investimentos em «bens imateriais», nomeadamente «na formação de formadores e na constituição de um conjunto de dossiers que permitiram ao centro de formação ser certificado, muito recentemente, como entidade formadora internacional na área da soldadura».

«Isso significa que os nossos formados, quando saem de cá, estão aptos a trabalhar em qualquer país», salientou Carlos Baía.

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