Fotogaleria: Perto de mil disseram não às demolições e celebraram Abril no Farol

Ainda não é Verão, mas, por algumas horas, parecia ser o pico da época balnear na Ilha do Farol. Este […]

Protesto anti demolições_Farol 25 de Abril 2015
Protesto anti demolições_Farol 25 de Abril 2015

Ainda não é Verão, mas, por algumas horas, parecia ser o pico da época balnear na Ilha do Farol.

Este sábado, o núcleo habitacional do Farol, na Ilha da Culatra,  encheu-se de manifestantes anti-demolições, em mais uma ação de luta convocada pelas associações de moradores desta ilha-barreira e pelo grupo «Je Suis Ilhéus», na qual participaram perto de mil pessoas.

Para os proprietários de casas nas ilhas e contestatários do processo de demolições que a Polis Ria Formosa está a levar a cabo, este foi um 25 de Abril um pouco diferente, apesar de não terem faltado cravos vermelhos e palavras de ordem.

Também não faltou esperança, dada pelos recentes desenvolvimentos positivos na luta que 176 proprietários começaram ou vão começar a travar com a Sociedade Polis, em tribunal: a aceitação, numa primeira fase, das 134 providências cautelares apresentadas.

O apelo foi lançado foi para que a população acorresse ao Farol, para participar num cordão humano de protesto contra as demolições. Mas o ponto alto foi a reunião popular que decorreu antes desta ação simbólica, que serviu para fazer um ponto da situação, quanto ao avanço do processo, na Ilha da Culatra.

O “briefing” foi feito pelo presidente da Associação da Ilha do Farol de Santa Maria Feliciano Júlio, que instou os proprietários das casas em risco de ser demolidas a «estar na Ilha nos dias 27 e 6 de maio», datas para as quais está agendada a tomada de posse administrativa das casas pela Socieadade Polis Ria Formosa.

Isto porque, «há que estar atento», apesar de ter afirmado, igualmente, que a Polis «não pode entrar nas vossas casas, nem mesmo no quintal». «Ganhámos uma batalha, mas não ganhámos a luta», resumiu.

Este encontro teve momentos de autêntica euforia, entre os quais se conta a receção ao presidente da Câmara de Olhão, que, como ilustrou Feliciano Júlio, «tramou» a Polis com a apresentação de uma providência cautelar onde alega que as demolições estão a colocar em risco a fauna das ilhas, «nomeadamente o camaleão, que é uma espécie endémica de cá».

O edil olhanense foi recebido com muitos aplausos e vivas e saiu do Farol como “Ilhéu”, depois de ter vestido, literalmente, a camisola.

 

Fotos e Reportagem: Hugo Rodrigues/Sul Informação

 

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