Escolas de todo o país recebem informação sobre o eclipse solar de sexta-feira próxima

A Direção-Geral da Educação, em parceria com o Observatório Astronómico de Lisboa e com a colaboração da Direção-Geral da Saúde, […]

eclipse solarA Direção-Geral da Educação, em parceria com o Observatório Astronómico de Lisboa e com a colaboração da Direção-Geral da Saúde, enviou hoje às escolas uma informação pormenorizada sobre o eclipse do Sol que ocorre na próxima sexta-feira, dia 20 de março, ao princípio da manhã.

O Ministério da Educação salienta que «o fenómeno desperta naturalmente a curiosidade das crianças e jovens e presta-se a ser discutido no contexto de sala de aula, designadamente no que se refere à sua explicação científica».

Por isso, o Ministério incentiva as escolas a promoverem a observação «em segurança» do eclipse, de acordo com as condições materiais e os recursos humanos que reúnam, pois «trata-se de um fenómeno não frequente e que permite despertar o interesse por vários aspetos científicos importantes, tais como a órbita da Terra e da Lua, as dimensões relativas do Sol, da Lua e da Terra, as radiações solares e outros temas».

O fenómeno permite também uma reflexão sobre «aspetos históricos importantes, tais como as crenças relativas aos eclipse através da história da humanidade, e a referência a eclipses famosos na Antiguidade e nos tempos modernos».

O Ministério da Educação sublinha, contudo, que há que «alertar também os alunos para os perigos da observação deste fenómeno se não forem tomadas as necessárias precauções. A observação do Sol requer procedimentos de segurança corretos que a não serem observados terão como consequência graves riscos para a visão e, no limite, a cegueira».

Por exemplo, o Sol nunca deve ser observado diretamente sem filtros solares oculares (vulgo “óculos do eclipse”). Não deve ser observado através de óculos escuros, vidros negros de fumo, películas ou negativos fotográficos e radiografias.

Por outro lado, a observação contínua com óculos de proteção especial nunca deve exceder períodos de 30 segundos, fazendo sempre intervalos de 3 minutos de descanso.

Há, contudo, métodos de observação seguros: o mais simples será a projeção de uma imagem do Sol numa superfície, projectando-a através de um orifício num cartão, ou vendo, por exemplo, a imagem projetada nas sombras das árvores.

O eclipse do Sol será visível parcialmente em Portugal e terá o pico máximo cerca das 9h00. Na Madeira, a percentagem de obscurecimento (fração coberta) do disco solar atingirá os 57%, subindo para 63% a 74% no continente e atingindo entre 70% a 78% nos Açores. O eclipse começa uma hora antes do máximo e termina uma hora depois deste.

A informação, elaborada sob a coordenação do professor Rui Agostinho, astrónomo, conhecido divulgador de ciência e diretor do Observatório Astronómico de Lisboa, foi enviada a todas as escolas e agrupamentos de escolas.

No próximo dia 18, as escolas podem ainda assistir a uma vídeo-difusão sobre esta temática, a partir das 11h00, em http://live.fccn.pt/mec/dge/eclipse.

Comentários

pub