Utentes do Centro de Saúde de VRSA “desviados” para Tavira e Alcoutim

Os utentes sem médico de família do Centro de Saúde de Vila Real de Santo António que pretenderem consulta médica […]

Centro Saúde VRSAOs utentes sem médico de família do Centro de Saúde de Vila Real de Santo António que pretenderem consulta médica terão de dirigir-se, a partir de agora, aos Centros de Saúde de Tavira ou de Alcoutim, denuncia o PCP vilarrealense.

Segundo os comunistas, «a redução de valências do Centro de Saúde de Vila Real de Santo António e dos serviços prestados aos seus utentes tem sido um caminho desenvolvido pelos sucessivos Governos PS/PSD/CDS, através da Administração Regional de Saúde (ARS), num objetivo claro de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das suas características de Serviço Público, Universal e Gratuito».

O PCP acrescenta que esta «mais recente medida» de desviar utentes de VRSA para Tavira ou Alcoutim foi «divulgada em circular interna do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Sotavento».

A situação fica também agravada nos Cuidados de Enfermagem,. como pensos e Injetáveis, e neste caso, «para todos os utentes, com a redução dos horários de atendimento, em particular com a eliminação do atendimento ao sábado», dizem ainda os comunistas.

O PCP considera que, apesar de o atendimento no Centro de Saúde de Tavira ou Alcoutim voltar «a ser apresentado como alternativa», isso é «irreal para utentes com dificuldades de deslocação, fragilidade económica ou cujo estado de saúde não permita este esforço acrescido».

Por outro lado, o Serviço de Urgência Básica (SUB) de VRSA, que pontualmente dava apoio a algum dos casos acima descritos, «por opção de gestão que agora passou para o Centro Hospitalar do Algarve, «deixa de intervir nestas situações, exceto se se tratar de um caso de urgência, onde o utente será devidamente atendido após o pagamento da vergonhosa Taxa Moderadora no valor de 15,5 euros».

Por tudo isto, denuncia o PCP, «o caminho do desinvestimento em meios materiais e humanos no SNS e aumento dos custos despendidos pelos utentes tem um objetivo cada vez mais claro: degradar os serviços prestados, dirigindo progressivamente os utentes para Serviços de Saúde Privados, que no entanto só estão acessíveis a quem os puder pagar e/ou que subscreva seguros ou outros subsistemas de saúde».

Assim, «como em vários pontos do país, no seguimento do encerramento de maternidades públicas, surgiram de imediato instalações privadas para responder às necessidades que os Governos diziam não justificar os serviços».

Em VRSA, o Centro de Saúde «vai minguando em serviços prestados, enquanto o PSD na Câmara Municipal, seguindo a política privatizadora do seu Governo, instala no Complexo Desportivo, um Hospital Privado, oportunamente disponível para receber os utentes que, marginalizados pelas opções da ARS, alargam o número de potenciais clientes do negócio que os grandes grupos económicos pretendem fazer com a saúde das populações», concluem os comunistas.

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