Reportagem: Fenómeno extremo de vento danificou casas e assustou moradores da Praia de Faro

Um fenómeno extremo de vento provocou esta madrugada estragos na zona Poente da Praia de Faro. Pelo menos duas casas […]

danos praia faro1Um fenómeno extremo de vento provocou esta madrugada estragos na zona Poente da Praia de Faro. Pelo menos duas casas ficaram danificadas, vários postes de eletricidade e de comunicações telefónicas foram arrancados, provocando um corte de energia e de comunicações naquela área. Também um barco foi levado pela força do vento, danificando-o.

António Viegas foi um dos moradores mais prejudicados pelo fenómeno ocorrido na Praia de Faro. Dois postes, um de eletricidade e outro telefónico, abateram-se sobre a sua casa e, por pouco, não destruíram duas motas que tinha estacionadas à porta da habitação.

«Começou, de repente, um vento forte, um tornado, uma coisa dessas. Era por volta das três e meia. Ouvi um barulho ensurdecedor, ficámos imediatamente sem luz, foi o pânico aqui em casa», conta.

O primeiro instinto, o de sair de casa, foi impossível de concretizar devido ao que viu quando abriu a porta. «Não consegui sair, tinha a entrada da casa cheia de fios e de faíscas, só ao fim de meia-hora é que saí de casa para ver o que tinha acontecido».

A poucos metros de distância, pouco passava das três e meia da manhã, Paulo Luís, ainda acordado, sentiu que o vento se intensificara de forma estranha. Ouviu a porta de alumínio da rua a ranger e colocou-lhe a mão, sentindo que se dobrava. Tudo aconteceu muito depressa.

«O som, parecia o de um motor V8 a aproximar-se. A porta de alumínio começou a abrir-se. Tudo isto em oito, nove segundos, depois passou. Nem quero pensar o que teria acontecido se fossem 18 ou 19 segundos», contou ao Sul Informação.

«Nós que moramos aqui, sabemos mais ou menos as velocidades do vento. Estava um vento na ordem dos 40 quilómetros por hora (km/h), depois passou para 70 km/h, com rajadas de 90, depois foi aquele momento em que foi para cima dos 140 km/h».

A nível de estragos, Paulo Luís não teve grandes prejuízos. A areia invadiu-lhe uma das divisões da casa e uma motorizada andou arrastada pelo vento. O seu sogro, que vive numa casa que dista poucas dezenas de metros da sua, teve maiores danos. O seu barco «andou levado pelo vento uns 10 metros» e ficou danificado e, quando chegou a EDP para reparar os postes caídos, o poste que viria substituir um dos que cederam à força do vento, caiu em cima do telhado da sua arrecadação.

O Sul Informação constatou no local que as equipas da EDP estavam a reparar a cablagem e os postes elétricos e, sendo que os danos nas casas foram causados por postes elétricos e de telefone, os moradores acreditam que o prejuízo será assumido pelas companhias que fornecem os serviços.

António Viegas diz que são essas as informações que dispõe. «Foi-me dito que, durante o dia de hoje, o telefone e a eletricidade vão voltar a funcionar. Em relação aos danos, têm que ser pagos pela EDP e pela PT, porque foram os postes que me destruíram o telhado».

 

 

Comentários

pub