Entrada Poente do Parque Ribeirinho de Faro destruída pelo proprietário do terreno

A entrada Poente do Parque Ribeirinho de Faro foi destruída, alegadamente pelos proprietários do terreno privado onde está instalada. Em […]

Ponte destruída Parque Ribeirinho de Faro_Foto Luís Passos_Facebook_1A entrada Poente do Parque Ribeirinho de Faro foi destruída, alegadamente pelos proprietários do terreno privado onde está instalada. Em causa, uma disputa com a Câmara de Faro quanto ao preço do terreno, cuja compra está a ser negociada entre ambas as partes. A autarquia já está a estudar «eventuais ilegalidades» nesta ação, apesar de se tratar «de um espaço que não está registado como caminho», situado num terreno privado.

Em declarações ao Sul Informação, o presidente da Câmara de Faro Rogério Bacalhau não colocou de parte o recurso à justiça, embora saliente que, neste momento, é prematuro falar disso. Apesar de não estar registado como caminho público, aquele troço é utilizado como tal «há mais de 20 anos».

«É de lamentar a atitude do proprietário do terreno. Para mais porque estamos num processo de conversação, em que a situação está a ser analisada e não houve nenhuma decisão contra os seus interesses», disse o edil.

A zona destruída, uma ponte e o caminho propriamente dito, é o acesso secundário ao recém-inaugurado espaço de lazer de Faro, pelo que o acesso «se pode continuar a fazer pela entrada principal», junto ao Teatro das Figuras. Quem quiser entrar pelo lado Poente, terá se passar pela linha férrea.

Entrada Poente do Parque Ribeirinho de Faro Destruída_Foto Luís Passos_Facebook_1O terreno em causa é de «Valter Alfaiate e de dois familiares», que não concordaram com o preço oferecido pelo terreno. «Fizemos uma avaliação que aponta para que o terreno valha 190 a 200 mil euros, mas ele quer 450 mil euros», revelou.

Esta verba pedida pelo proprietário do terreno é a mesma que foi aprovada, para aquisição desta parcela, numa Reunião de Câmara e na Assembleia Municipal de Faro, em 2011.

Rogério Bacalhau confirma que houve esta deliberação dos órgãos autárquicos, mas salientou que esse «era o valor estimado, na altura, sem ter havido qualquer avaliação».

«Agora há uma avaliação feita, que aponta para os tais 190 a 200 mil euros. Temos de defender o interesse público», alegou, garantindo que, apesar da deliberação, «nunca houve qualquer contrato de compra e venda do terreno» que obrigue a autarquia a pagar aquela verba pelo espaço.

As negociações vão continuar, mas a Câmara de Faro poderá expropriar o terreno, caso as posições se extremem e se chegue a um impasse.

Fotos divulgadas por Luís Passos na sua página de Facebook

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