O número de inscritos em escolas públicas aumentou em 2014, mas diminuiu nos estabelecimentos privados, face a 2013, revela um inquérito recente do Observador Cetelem.
No ano passado, 89% dos portugueses com filhos em idade escolar optavam pelo ensino público, percentagem que chega agora aos 94%. Já as famílias com filhos matriculados em escolas privadas passaram dos 13% para os 7%.
O estudo mostra ainda que a maioria dos pais com filhos em escolas privadas pretendem mantê-los nesse tipo de ensino (82%).
Ainda assim, 18% das famílias portuguesas tencionam transferir os filhos para o ensino público, mais do que em 2013, em que apenas 10% admitia fazê-lo. Os motivos financeiros são apontados como a principal razão para essa transferência.
Numa análise mais geral, é possível constatar que do total da população portuguesa, apenas uma pequena minoria (2%) tem filhos matriculados em estabelecimentos de ensino privado. A maioria das famílias portuguesas (25%) inscreve os seus filhos em idade escolar em escolas públicas.
«Em 2013, verificou-se um ligeiro aumento de número de alunos no ensino privado face ao ano anterior. Nesta nova edição do estudo, constatamos que essa tendência foi revertida, com um aumento de alunos no ensino público e uma diminuição de inscritos em escolas privadas. A diminuição do poder de compra e uma maior confiança no ensino público podem estar na origem desta mudança de comportamento» afirma Diogo Lopes Pereira, diretor de Marketing do Cetelem.
Esta análise foi desenvolvida em colaboração com a Nielsen e aplicada, através de um questionário por telefone, a 600 indivíduos, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos. O inquérito foi realizado entre os dias 15 e 21 de maio e o erro máximo é de +0,4 para um intervalo de confiança de 95%.
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