FOTOGALERIA: Visita às Armações de Atum ao largo da Ilha da Barreta e Barril

O barulho dos motores do barco da Real Atunara é um sinal de alerta. Assim, não é de admirar que, […]

O barulho dos motores do barco da Real Atunara é um sinal de alerta. Assim, não é de admirar que, mal a primeira cavala cai na água, os atuns das Armações que esta empresa tem instaladas ao largo da Ilha da Barreta (Deserta), em Faro, e da Praia do Barril, em Tavira, apareçam, quase de imediato, para “almoçar”.

Para os peixes, que estão a ganhar massa muscular antes de serem vendidos, a chegada de comida foi, como é habitual, um festim. Mas foi também uma festa para os olhos da comitiva composta por elementos do Partido Socialista e representantes de entidades oficiais, que participaram numa iniciativa do deputado à Assembleia da República Miguel Freitas, que quis conhecer e dar a conhecer as duas armações exploradas pela empresa sedeada em Vila Real de Santo António, que nasceu da Companhia de Pescarias do Algarve e integra agora dois sócios espanhóis.

 

Durante a visita, o parlamentar (que aproveitou para nadar com os atuns) inteirou-se das preocupações do diretor da empresa Miguel Socorro e defendeu, em conversa com o Sul Informação, que Portugal deverá tentar garantir mais duas licenças para Armações de Atum, junto da União Europeia.

Apesar de estarem instaladas em águas nacionais e serem exploradas por uma empresa da região, as Armações da Barreta e do Barril da Real Atunara estão a usar licenças concedidas a Espanha e Itália. Uma situação que Miguel Freitas quer que se altere, no futuro.

Segundo Miguel Socorro, há neste momento cerca de 600 atuns nas duas armações da empresa, que serão «sacrificados» nas próximas semanas. O seu destino é o Japão, fruto de um acordo que a Real Atunara tem com «um dos maiores negociantes japoneses» e o negócio poderá valer mais de um milhão de euros, dado o elevado valor de mercado deste peixe.

Enquanto não chega essa verba, há outros negócios para fazer, como a venda da corvina hoje capturada na aquacultura off-shore associada às armações de atum. Uma campanha que deu mais frutos que o esperado, o que permitiu à comitiva ver outro “espetáculo” impressionante e deixou Miguel Socorro visivelmente satisfeito, já que os barcos da empresa levaram esta tarde para a lota quase 200 corvinas, muitas delas bem “graúdas”.

Fotos: Hugo Rodrigues/Sul Informação

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