IPMA monitoriza crustáceos do Algarve e Costa Sudoeste a bordo do «Noruega»

A Campanha de Crustáceos 2014, a bordo do navio de investigação “Noruega”, do Instituto de Português do Mar e da […]

OLYMPUS DIGITAL CAMERAA Campanha de Crustáceos 2014, a bordo do navio de investigação “Noruega”, do Instituto de Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), está a decorrer até ao final do mês de Julho, na Costa Sudoeste e Algarve.

Esta série de campanha, feita no âmbito do Plano Nacional de Amostragem Biológica, foi iniciada nos anos 80 e destina-se à monitorização do estado de exploração das populações de Crustáceos, nomeadamente das espécies de Lagostim, Gamba e Camarão Vermelho.

Pretende-se amostrar as áreas dos 200 aos 750 metros, na área entre as latitudes 38º 20’ N e 36º 20’ N e as longitudes 09º 30´W e 7º 25´W, correspondentes à distribuição daquelas espécies na Costa Sudoeste e Algarve.

campanha-crustaceos-14Prevê-se a realização de 80 estações de arrasto com rede camaroeira de 20 mm de malha no saco, cada uma com a duração de 30 minutos, que se considera suficiente para efeitos de amostragem destas espécies.

Para conhecer a composição por espécies da biomassa existente na área de estudo, todas as outras espécies serão pesadas e medidas, bem como sujeitas a amostragem biológica para estudos de maturação, crescimento.

A temperatura e a salinidade da água serão monitorizadas por CTD no final de cada estação de pesca.

Esta campanha é também considerada pelo IPMA como «muito importante» para a monitorização de raias, tubarões e outras espécies de grandes profundidades.

«As séries temporais desta campanha são essenciais para a boa gestão destes recursos, através de regulamentação nacional e comunitária no âmbito da Política Comum de Pescas e ainda contribuem para indicadores de biodiversidade (D1), de espécies comerciais (D3), da teia trófica (D4) e do lixo marinho (D10) no âmbito da Diretiva Quadro para a Estratégia Marinha», sublinha ainda o IPMA.

Desde 1979 que o IPMA efetua campanhas de arrasto de fundo ao longo da costa continental portuguesa para estudo da abundância e biologia dos recursos pesqueiros, mas só em 2006 foi implementado um esquema rotineiro de identificação, classificação, contabilização e processamento do lixo recolhido nas redes de arrasto, sendo posteriormente colocado para destruição ou reciclagem.

Esta amostragem «não dirigida e oportunista» permite, ainda assim, a caracterização da atividade humana e do seu impacto sobre o fundo e meio marinhos.

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