Diretoria do Sul da PJ desmascara grupo que burlou Estado e empresas em mais de 3 milhões

Uma investigação da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária levou o Ministério Público a constituir 34 arguidos, acusados de crimes […]

policia judiciariaUma investigação da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária levou o Ministério Público a constituir 34 arguidos, acusados de crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais, tráfico de estupefaciente e recetação.

Os 27 homens e sete mulheres do grupo estariam a operar desde 2010, tendo burlado o Estado e cerca de 200 empresas num valor «superior a 3,2 milhões de euros». Cinco dos homens que integravam o grupo encontram-se, agora, em prisão preventiva.

O esquema terá sido começado por um grupo de duas mulheres e sete homens, que adquiriam ou formavam empresas, «colocando como sócios-gerentes pessoas de difícil localização e desempregadas», descreve a PJ, num comunicado.

Os elementos do grupo «inscreviam-se como trabalhadores assalariados da empresa», ao mesmo tempo que os sócios-gerentes abriam contas bancárias, assinavam cheques em branco e celebravam contratos com outras empresas, na sua maioria do setor da construção civil.

«Posteriormente, o grupo, através de contabilidades forjadas e de movimentações monetárias com contas bancárias de terceiros, procurava transmitir uma imagem de credibilidade e de solvabilidade», continua a força policial.

A partir do momento em que criavam a ilusão de legitimidade, os agora arguidos avançavam com «um grande volume de encomendas de materiais e produtos a empresas de diversos ramos de atividade, pagando no ato da entrega com cheques pós-datados, sustentados em seguros de crédito e assinados pelos sócios gerentes fictícios».

Dinheiro que nunca chegava às contas dos fornecedores, que ficavam sem o material, o qual era imediatamente revendido pelo grupo a preço inferior ao custo de mercado. As empresas eram, de seguida, fechadas e as contas bancárias saldadas.

Além de embolsarem o dinheiro da venda do material encomendado e não pago, os elementos do grupo ainda pediam o subsídio de desemprego, «alegando que a empresa estava insolvente».

«Nas buscas efetuadas a armazéns que o grupo possuía, foi possível recuperar uma pequena parte da mercadoria ilicitamente adquirida, tendo também sido recuperados no estrangeiro dois veículos automóveis que se encontravam para venda. Ainda no âmbito da atividade do grupo, no mês de março do ano passado, em França, dois elementos daquele grupo foram intercetados a transportar num veículo pesado de mercadorias, duzentos e vinte e cinco quilos de resina de cannabis com destino a Itália», acrescentou a PJ.

 

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