Confirmadas duas vítimas mortais numa explosão de gás em Lagoa (com fotos)

A segunda vítima da explosão que destruiu quase totalmente uma casa esta segunda-feira de manhã na Caramujeira/Vale d’el Rei, em […]

A segunda vítima da explosão que destruiu quase totalmente uma casa esta segunda-feira de manhã na Caramujeira/Vale d’el Rei, em Lagoa, foi encontrada já sem vida. O homem foi retirado dos escombros algumas horas depois de o outro habitante da chamada «Casa do Pavão» ter sido encontrado sem vida.

Para já, não são conhecidas a causa deste sinistro. A investigação já começou e o elevado grau de destruição causado pela explosão motivou que, no local, se encontrem neste momento quatro equipas de investigadores da Polícia Judiciária, num  total de 10 elementos, vindas de Faro e Portimão.

O comandante dos Bombeiros de Lagoa Rio Alves apenas avançou que «poderá ter sido uma fuga de gás», apesar de ter revelado que as duas botijas de gás propano existentes na casa «estavam intactas». «Os estragos poderão ter tido uma intensidade maior porque as paredes da casa eram feitas de taipa mais grossa», adiantou.

O telhado da casa voou inteiro, tendo passado por cima de uma fiada de pinheiros e caído no jardim da casa vizinha, atualmente sem ninguém. «Só se sabe que havia aqui uma casa pelos destroços que estão espalhados», ilustrou Rio Alves.

«A explosão foi brutal. A casa ficou completamente destruída, havendo destroços, quer na via pública, quer na casa vizinha. Quando cheguei aqui, só restava de pé o alpendre da entrada, que também já caiu. Da casa, ficaram apenas 3 ou 4 paredes de pé», descreveu o presidente da Câmara de Lagoa Francisco Martins, que esteve esta manhã no local da explosão.

A dimensão da explosão e o facto de haver uma potencial vítima presa levou a que as equipas de socorro tivessem de retirar «os escombros pedra por pedra, com a ajuda de uma máquina», segundo revelou ao Sul Informação o comandante dos Bombeiros de Lagoa.

A segunda vítima foi encontrada perto das 11h30 e os dois corpos acabaram por ser retirados do local perto das 12h30.

Segundo Rio Alves, ambas as vítimas ficaram soterradas e a primeira «só foi encontrada [rapidamente] porque tinha o pé de fora». Para encontrar o segundo corpo, foi necessário um trabalho de busca mais aprofundado, «com a ajuda de um máquina», já que este se encontrava soterrado «debaixo de grande blocos de pedra».

O médico do INEM Christian Chauvin, que esteve no local, adiantou que a segunda vítima foi encontrada «numa repartição da casa», sem especificar qual, por ser difícil de identificar, tal o grau de destruição.

As duas vítimas mortais, o conhecido pintor inglês Glynn Uzzell, de 84 anos, e Paul Fonk, de 73, viviam há cerca de 40 anos naquela casa.

Segundo revelaram os vizinhos, eram bem conhecidos e membros totalmente integrados na comunidade, apesar de discretos. Davam-se «bem com toda a gente» e era até uma das vizinhas que recebia o pão da casa, sempre que necessário.

Além da forte destruição e de um estrondo que se ouviu a pelo menos cinco quilómetros de distância (foi bem audível na cidade de Lagoa), a explosão causou danos numa casa vizinha, que se encontra vazia, que ficou com vidros partidos e muitos destroços no jardim.

As operações contaram com 27 bombeiros, apoiadas por dez viaturas. Também estiveram no local uma ambulância do INEM e uma viatura VMER, bem como diversos elementos da GNR de Lagoa, que criaram um perímetro de segurança.

As investigações, que deverão durar o dia todo, continuam no local, com as equipas da PJ.

 

Atualizado às 18h45, acrescentando a identidade correta das vítimas.

 

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