A primeira edição da Bienal de Turismo de Natureza vai decorrer de 26 a 28 de Setembro em Aljezur, anunciou a Associação Vicentina, chefe de fila do projeto.
Em comunicado enviado ao Sul Informação pela direção da Vicentina, a associação salienta que a data marcada é a «mais consensual», após a realização de consultas a outros parceiros do projeto.
A Vicentina «consultou as diversas entidades parceiras, os municípios envolvidos e outros parceiros significativos a fim de se ponderar a melhor data para a realização da Bienal de Turismo de Natureza, a realizar em Aljezur no corrente ano».
Esta necessidade de consulta «decorreu de fortes reações relativamente à possibilidade de realização na mesma data da Bienal de Turismo de Natureza e do Festival de Birdwatching, ambos eventos relacionados com o turismo de natureza, a realizar a 4 e 5 de Outubro nos concelhos de Aljezur e Vila do Bispo, respetivamente».
Essas «fortes reações» aconteceram em várias ocasiões, mas sobretudo nas páginas do Sul Informação, numa polémica que se estendeu por três artigos de opinião assinados, respetivamente, por Ana Carla Cabrita, guia de natureza e proprietária de uma empresa de Turismo de Natureza com sede em Sagres, António Ferreira, empresário turístico do concelho de Vila do Bispo, consultor do Proder gerido pela Vicentina e um dos promotores da Bienal de Turismo de Natureza em Aljezur, e pela própria direção da Vicentina.
Da consulta feita aos vários parceiros e entidades, aquela associação diz ter ficado convencida de que «seria positivo promover sinergias entre ambos os eventos, potenciando-os mutuamente, através da sua organização concertada, não sendo este o entendimento de diversos outros atores».
Considera ainda a Vicentina que «a realização conjunta de eventos de turismo de natureza deve ser uma prática a ponderar no futuro, pelos diversos atores, uma vez que permite criar sinergias entre parceiros e potenciar recursos, contrariamente à realização individualizada de eventos ou iniciativas sem concertação de esforços humanos e financeiros ao nível da logística, promoção e organização», acrescentando que «a realização conjunta de eventos acrescenta valor e impacto a estes eventos, assim como o seu impacto no desenvolvimento do turismo de natureza, uma vez que pode atribuir maior dimensão e projeção aos mesmos».
No entanto, tendo em conta a polémica surgida, e «tendo em atenção a inexistência de consenso e as reações desencadeadas, inclusivamente uma solicitação explícita da Associação Almargem para que a realização da Bienal de Turismo de Natureza e do Festival de Birdwatching fosse desfasada no tempo», a Associação Vicentina diz ter considerado «pertinente colocar o assunto à consideração da RTA [Região de Turismo do Algarve], em reunião realizada no passado dia 4 de Abril».
Desta reflexão, concluiu-se «ser mais consensual a realização da Bienal de Turismo de Natureza nos dias 26, 27 e 28 de Setembro».
«Estas datas mereceram o acordo das entidades parceiras e dos municípios envolvidos. Evitam-se assim especulações e, considerando que a data antecede a época alta para o turismo de natureza no outono, permite-se a sua divulgação em tempo útil e evita-se a coincidência com outros eventos na mesma temática e área geográfica», acrescenta a Vicentina.
A associação diz esperar «agora poder concentrar os seus esforços na organização do evento “Bienal de Turismo de Natureza», «concentrando a promoção e divulgação da oferta de Turismo de Natureza do Algarve numa mostra expositiva e atividades complementares».
A Associação Vicentina é a entidade gestora do GAL ADERE e chefe de fila do projeto “Bienal de Turismo de Natureza”, financiado pelo PRODER, no âmbito da cooperação transnacional, e executado em parceria com a Associação In Loco (GAL Interior Algarve Central) e Associação Terras do Baixo Guadiana (GAL Terras do Baixo Guadiana).
No artigo de opinião assinado pela direção da Vicentina e publicado no Sul Informação na semana passada, a associação explicava que, por «razões técnicas», «a Bienal tem que se realizar em Outubro. Trata-se de um projeto de cooperação transnacional que tem a duração máxima de dois anos e termina em Novembro de 2014».
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