20 mil pessoas passaram pelo “Mercado de Culturas…à Luz das Velas” em Lagoa

Cerca de 20 mil pessoas visitaram, entre 17 e 19 de abril, a primeira edição do “O Mercado de Culturas… […]

Cerca de 20 mil pessoas visitaram, entre 17 e 19 de abril, a primeira edição do “O Mercado de Culturas… à Luz das Velas”, que decorreu no Convento de S. José e ruas circundantes, em Lagoa.

Foi um sucesso a pedir “bis” e que serviu para apresentar os próximos eventos culturais promovidos pela Câmara de Lagoa: o “Sons do Atlântico – World Music Festival” e a “X Edição do Lagoa Jazz Festival”.

O “Mercado de Culturas… à Luz das Velas” foi uma organização da autarquia de Lagoa e da empresa de eventos Ibérica – com o apoio de muitas outras vontades singulares e coletivas, entre as quais o Turismo de Portugal e o Hotel Tivoli de Carvoeiro.

No evento, artesãos e comerciantes de várias culturas e religiões montaram as suas tendas e envergaram as suas vestimentas características, permitindo-lhes conviver em harmonia e mostrar as suas artes em danças exóticas, especiarias, sabores e artefactos artesanais, na envolvência das suas tradições culturais milenares.

Além de outras razões, a Câmara de Lagoa pretendeu divulgar e fortalecer manifestações tradicionais populares interculturais, tais como o artesanato, a dança, a música, a gastronomia e, em particular, as artes e/ou ofícios, algumas em vias de extinção.

O “Mercado de Culturas… à Luz das Velas” decorreu no Convento de S. José e nas ruas limítrofes da parte da histórica da cidade de Lagoa, iluminadas por cerca de 5.000 velas acesas, desenhando, no solo, os símbolos das principais culturas monoteístas do Mediterrâneo: cruz (cristianismo), estrela de David (judaísmo), lua crescente (islamismo) e triskle (cultura celta).

A música e danças árabes, com a intervenção de músicos de países árabes, afro-árabes ou muçulmanos (Marrocos, Argélia, Sudão e Síria) encheram os espaços de sons e melodias, manipulando com mestria os instrumentos tradicionais do mundo árabe, em momentos marcantes que dominaram tudo e todos, com a recriação de algumas das mais significativas personagens típicas de países muçulmanos.

 

Voltam os festivais Sons do Atlântico e Lagoa Jazz

Embora o evento tenha sido aberto ao público às 17 horas de dia 17, com cerca de 60 expositores em tendas características, a verdade é que o “Mercado de Culturas… à Luz das Velas” foi inaugurado cerca das 20h30, pelo presidente da Câmara Francisco Martins, acompanhado pelo presidente da Assembleia Municipal e vereadores, em cerimónia informal, nos Claustros do Convento de S. José, que se encontrava repleto de público vindo de vários pontos do país, ou não tivessem sido o Algarve e Lagoa os destinos de excelência escolhidos para a férias da Páscoa, com um fim de semana prolongado e a Câmara a conceder tolerância de ponto na tarde de quinta-feira, dia 17.

Numa curta intervenção, Francisco Martins disse que “o objetivo deste evento é trazer o espírito da animação e da cultura à parte histórica da cidade, dando-lhe a projeção e a vida que ela merece”, até por aqui se situar um marco da história de Lagoa, desde 1738: o Convento de S. José, com claustro, fundado pelas Carmelitas.

Na mesma zona, situa-se ainda a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Luz, eternizada na história pelos terríveis efeitos do terramoto de 1755, e a Igreja da Misericórdia, outro templo católico, implantado no meio da malha urbana histórica de Lagoa.

Francisco Martins agradeceu o empenho de todas as pessoas envolvidas, internas e externas à Câmara, dizendo que “o Mercado de Culturas… à Luz das Velas é para continuar e, certamente, vai contar com o indispensável apoio, dedicação e empenho de todos quantos estiveram envolvidos nesta festa popular de tradições. Penso que a Cultura de Lagoa, com este evento, fica mais rica”.

Francisco Martins aproveitou a cerimónia, curta, interativa e sem a normal rigidez protocolar, para anunciar o regresso de eventos culturais que já foram tradicionais e de grande sucesso: “Sons do Atlântico – World Music Festival”, este ano a decorrer em Ferragudo, nos dias 22, 23 e 24 de maio, e a “X Edição do Lagoa Jazz Festival”, no Sítio das Fontes (Estômbar), nos dias 5, 6 e 7 de junho.

O autarca recordou os tempos em que, como vereador da Cultura da Câmara a que atualmente preside, idealizou, criou e fez deles os maiores sucessos culturais do Algarve. Estes eventos foram apresentados, em pormenor e com apoio multimédia, pelos seus diretores/produtores.

A 16 de janeiro de 1773, por alvará régio de D. José I, foi criado o Concelho de Lagoa, tendo por sede a Vila de Lagoa. Duzentos e vinte e oito anos depois, a Assembleia da República, no plenário de 19 de abril de 2001, elevou-a à condição de cidade.

Na mesma data, as povoações sedes das Freguesias do Carvoeiro, Parchal e Porches foram elevadas à condição de Vilas, estatuto que já contemplava as sedes das Freguesias de Estômbar (20.6.1991) e Ferragudo (13.5.1999).

Contudo, nos termos do Decreto-Lei nº. 11-A/2013, de 28 de janeiro, o Governo extinguiu as Freguesias de Carvoeiro e Parchal, integrando-as em Lagoa e Estômbar, respetivamente.

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