Cidadãos podem juntar-se ao processo cautelar contra fecho de valências no Hospital de Portimão

O Tribunal Administrativo de Loulé deu um prazo de 15 dias, a partir de hoje, para que qualquer cidadão interessado […]

O Tribunal Administrativo de Loulé deu um prazo de 15 dias, a partir de hoje, para que qualquer cidadão interessado se possa constituir como assistente junto do Processo Cautelar interposto em setembro passado por Isilda Gomes, Castelão Rodrigues e outros tentando impedir a «extinção das urgências cirúrgicas de especialidades no Hospital de Portimão e a transferência de tais valências para o Hospital de Faro».

Este é mais um passo nesta providência cautelar que foi interposta a 25 de setembro de 2013, por um grupo de cidadãos ligados ao PS de Portimão, entre os quais a sua candidata à Câmara Municipal.

Os autores dessa providência cautelar foram, assim, segundo se pode ver no anúncio hoje publicado num jornal regional, Joaquim Jorge Castelão Rodrigues, João Vasco da Glória Rosado Gambôa, Isilda Maria Prazeres dos Santos Varges Gomes, Carlos Isidoro Lopes Cano Vieira, Maria da Luz Cabeça Garranho Santana Nunes, Filipe Mesquita Vital, Pedro Luís Cabrita Guerreiro Poucochinho e João Carlos Branco Vieira.

Por seu lado, os réus deste processo são o Centro Hospitalar do Algarve, o Ministério da Saúde e ainda a Administração Regional de Saúde do Algarve.

João Vasconcelos, vereador eleito pelo Bloco de Esquerda na Câmara de Portimão, líder local e regional dos bloquistas e um dos maiores lutadores contra a destruição do sistema de Saúde no Algarve, contactado pelo Sul Informação, disse que se iria «informar do andamento do processo» e «ponderar» juntar-se a ele.

«Em coisas tão graves como a destruição das valências e serviços dos hospitais, depois da criação do Centro Hospitalar do Algarve, temos que nos unir», acrescentou.

«Sou visceralmente contra o que se está a passar, contra esta destruição levada a cabo pelo Dr. Pedro Nunes, de que é conivente toda a administração do Centro Hospitalar do Algarve», salientou João Vasconcelos.

Por seu lado, a presidente da Câmara de Portimão, que, quando era apenas candidata, foi uma das oito autoras da providência cautelar, sublinhou que «qualquer cidadão se pode constituir como assistente junto ao processo».

«Espero que as pessoas vejam a oportunidade que se abre e que se juntem a esta providência cautelar», frisou Isilda Gomes.

O processo cautelar, como se pode ler no anúncio do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé, pretende que «a entidades requeridas se abstenham de praticar quaisquer atos que importem a extinção das urgências cirúrgicas de especialidades no Hospital de Portimão e a transferência de tais valências para o Hospital de Faro e, caso venham entretanto a ser praticados quaisquer atos administrativos que sejam abrangidos no presente pedido de intimação para abstenção, sejam intimadas as requeridas para reporem o funcionamento de todos os serviços e valências, que possam vir a ser desativados e a cessarem todos os atos que importem a transferência de tais serviços ou valências, bem como dos médicos e enfermeiros para o Hospital de Faro».

 

Corrigida às 14h22, colocando a data correta da apresentação da providência cautelar (25 de setembro).

 

 

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