Presidente da Câmara de Silves não concorda com projeto da Praia Grande

A nova presidente da Câmara Municipal de Silves não concorda com o projeto imobiliário e turístico previsto para a Praia […]

A nova presidente da Câmara Municipal de Silves não concorda com o projeto imobiliário e turístico previsto para a Praia Grande, junto à Lagoa dos Salgados, mas admite que, «com tudo o que já foi aprovado anteriormente, será muito difícil que consigamos agora travar a situação».

Em declarações ao Sul Informação, Rosa Palma reagia assim à Declaração de Impacte Ambiental (DIA) «favorável condicionada» emitida a 30 de outubro pelo secretário de Estado do Ambiente Paulo Lemos.

«Enquanto fui vereadora, nunca fui a favor deste projeto da Praia Grande, nos moldes em que está previsto. Agora que estou à frente da autarquia a minha opinião é a mesma, mas a da oposição é, naturalmente, diferente da nossa», acrescentou a autarca comunista.

Rosa Palma defende que, naquela zona, «poderíamos ter um projeto sustentável, baseado no turismo de natureza e não mais um projeto igual a tantos outros».

A presidente da Câmara de Silves diz ainda duvidar das promessas de emprego apresentadas pelos promotores do empreendimento, e que são um dos argumentos usados na DIA para dar parecer «favorável condicionado». «Na fase de construção, poderá haver ali a criação de algum emprego, mas e depois? Basta olharmos para a situação do lado [do empreendimento dos Salgados], que está parado e deixou muita gente desempregada», disse Rosa Palma.

A autarca, no entanto, garante que ainda não desistiu de tentar alterar o processo e admite que seja ainda possível «entrar num entendimento com a entidade promotora, para alterar algumas situações. Há-de haver forma de chegarmos a um consenso, de procurarmos uma forma de fazer as coisas de modo diferente».

Rosa Palma diz também que já foi contactada pelas associações de defesa do ambiente e outras entidades que integram a Plataforma dos Amigos da Lagoa dos Salgados, «para falarmos e debatermos o que se pretende para aquele local». «Às associações ambientais ainda resta a hipótese de contestarem o projeto em termos judiciais, por isso espero que o façam», concluiu.

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