ARS Algarve abre inquérito sobre a morte de menino de 8 anos

A Administração Regional de Saúde do Algarve (ARSA) também irá abrir um inquérito sobre o atendimento ao menino de 8 […]

A Administração Regional de Saúde do Algarve (ARSA) também irá abrir um inquérito sobre o atendimento ao menino de 8 anos que faleceu de apendicite, poucos dias depois de ter sido consultado no centro de Saúde de Portimão. Depois do Centro Hospitalar do Algarve, é a vez da direção da ARSA apurar se o procedimento do médico que atendeu Paulo Rafael Silaghi, no dia 21 de outubro, foi o correto.

A mãe de Paulo Rafael dirigiu-se aquela unidade de saúde dois dias depois de ter estado no hospital de Portimão, onde o diagnóstico foi que a criança tinha «porcaria na barriga», segundo a progenitora e Paulo Rafael foi mandado para casa, com a indicação de tomar chá.

No Centro de Saúde de Portimão, o menino foi novamente observado e colocado a soro. O médico que o consultou diagnosticou-lhe uma infeção urinária e passou um receituário nesse sentido. Dois dias depois, a 23, foi operado no Hospital de Faro, quando já tinha perfuração do apêndice e líquido a contaminar a corrente sanguínea, vindo a morrer dois dias depois, em Lisboa.

Num comunicado, o recém-nomeado presidente da ARSA João Moura Reis (tomou posse a 4 de novembro) anunciou ter lançado um processo de inquérito, que «demorará o tempo que for necessário, par que com ética, cuidado e justiça se apure a verdade dos factos».

«Como é do vosso conhecimento, assumi no passado dia 4 de novembro a presidência do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Algarve. Nesse mesmo dia na sequência da queixa apresentada pela mãe da criança Paulo Rafael Silaghi nos nossos serviços de saúde, mandei de imediato iniciar um processo de inquérito para avaliar todos os factos e as responsabilidades de actuação dos profissionais que tiveram interferência nesta situação, incluindo profissionais de saúde dos cuidados de saúde primários e/ou hospitalares», disse João Moura Reis.

Assim que a situação foi denunciada pela comunicação social, na passada semana, também o Centro Hospitalar do Algarve iniciou um procedimento de inquérito interno, cujos resultados foram divulgados esta semana. Para o Conselho de Administração do CHA, a atuação dos médicos a seu cargo, nos dois dias que a criança passou em hospitais públicos da região (dia 19 e 23 de outubro) foi a correta, não havendo nada a apontar.

Ainda assim, garantiu ter enviado toda a documentação em seu poder para a Inspeção Geral de Saúde, para abertura de um eventual inquérito e mostrou-se disponível para responder em tribunal a um anunciado processo judicial que a família pretende interpor contra o Hospital e Centro de Saúde de Portimão e aos profissionais de saúde envolvidos.

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