Encerrar Cuidados Paliativos em Portimão «nunca passou pela cabeça de ninguém»

O Unidade de Cuidados Paliativos de Portimão é para manter, «no mesmo local e com as mesmas pessoas» e até […]

O Unidade de Cuidados Paliativos de Portimão é para manter, «no mesmo local e com as mesmas pessoas» e até será reforçada com «um novo serviço de paliativos e convalescença», já criado e em estruturação no seio do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), que tentará «arranjar mais camas noutras unidades hospitalares do centro», garantiu ao Sul Informação Pedro Nunes.

O presidente do Conselho de Administração do CHA mostrou-se agastado com a vinda a público do que apelida de «boatos», que garante não terem qualquer fundamento. «Passo o dia a desmentir qualquer parvoíce que qualquer pessoa diz», criticou.

Esta foi a reação do responsável máximo pelo CHA à denúncia feita por diversos profissionais daquela unidade de saúde, que quiseram manter o anonimato por medo de alegadas represálias, de que o Conselho de Administração pretendia fechar aquela unidade, que acolhe doentes terminais.

No que toca aos cuidados paliativos, «nunca passou pela cabeça de ninguém fechar o serviço», até porque as dez camas existentes em Portimão «não são suficientes para as necessidades da região». «Além disso, mesmo que quisesse fechar o serviço, teria de avisar com seis meses de antecedência e renegociar com a rede», já que o serviço foi criado com dinheiro da Rede de Cuidados Continuados e cofinanciado pela União Europeia.

«A comunicação social devia ter o cuidado de não considerar verdade o que qualquer um diz sobre o Hospital de Portimão. O mínimo que podem fazer é não acreditar em boatos. Se algum dia decidir fechar algum serviço, eu próprio o anunciarei e então, se contrariar aquilo que antes afirmei, têm toda a razão para me pedir satisfações», afirmou.

Fechar serviços, assim como despedir funcionários, voltou a assegurar Pedro Nunes, não está nos planos do Conselho de Administração a que preside, apenas a «reorganização de serviços» e sempre «tendo em vista a melhoria da qualidade do serviço».

Quanto às notícias que têm vindo a público, nomeadamente no nosso jornal, baseadas em testemunhos de diferentes fontes ligadas ao Hospital de Portimão e ao setor público da Saúde no Algarve, Pedro Nunes considera que «deve haver interesses escondidos por detrás disso, que a comunicação social devia apurar».

«Para quem está no conselho de administração, torna-se chato estar constantemente a desmentir estas notícias. Tira-nos tempo para fazer o nosso trabalho», acrescentou.

Comentários

pub