70 restaurantes, cafés e pastelarias fazem abrir o apetite na Rota do Petisco de Portimão

São muitos e variados os menus que prometem transformar Portimão na capital nacional do petisco a partir de 6 de […]

São muitos e variados os menus que prometem transformar Portimão na capital nacional do petisco a partir de 6 de setembro e até 13 de outubro, nos 70 estabelecimentos que vão dar sabor à Rota do Petisco 2013.

A Rota do Petisco é um convite a descobrir não só o centro de Portimão (zonas azul, verde, amarela e vermelha com 37 estabelecimentos), mas também a Praia da Rocha (zona laranja com 16 estabelecimentos) ou a vila de Alvor (zona castanha com 8 estabelecimentos), sendo uma das novidades desta edição a inclusão de uma Zona Convidada fora do concelho de Portimão e que este ano vai ser Ferragudo (zona rosa com 9 estabelecimentos).

As 70 paragens desta verdadeira maratona gastronómica correspondem aos estabelecimentos aderentes, que oferecem aos participantes na sua ementa, a modalidade “Petisco”, composta por um pratinho e uma bebida ao preço unitário de 2,50 euros, e a modalidade “Doce Regional”, composta por uma sobremesa e uma bebida, com o preço unitário de 2 euros.

A seleção de espaços de restauração e pastelarias para a Rota do Petisco implicou a oferta de cozinha tradicional algarvia ou nacional, ou de pastelaria regional, tendo sido também um critério a localização em zonas onde se agrupem diversos espaços aderentes, permitindo que os petiscadores percorram diversos locais de forma pedonal.

Zona Azul – Portimão (Zona Ribeirinha)
À beira-rio, olhando o Arade rumo à foz, os sabores do mar tocam a terra, entre o berbigão com o milho, ou as gambas e os búzios com o feijão – de encher o gosto Forte e Feio. Encontre Ù Venâncio e O Meco junto ao rio e, À Ravessa, a menina da cidade em patanisca.

Depois, é retemperar o estômago com uma sopa na Taberna da Maré. O atum, esse anda Almareado numa muxama com requintes italianos.

Do Mediterrâneo ao Mar do Norte, encontro marcado com um fiel amigo numa bucha na Bacalhoada. A Dona Benta tem carapau e a Zizá, tentacular, oferece uma feijoada. Tudo junto, porque a União faz a força. Fatias há muitas, mas estas são recheadas.

 

 

Zona Amarela – Portimão (Zona Centro Norte)
Subindo até à Mó, há Pica Pau na Pétala Doce e nem os porcos escapam à assadura. Do Mataporcos rumo ao Café Brasil, uma fresca salada num Verão que finda. Antes de partir noite adentro, sejam castiços: uma bifana na Hortinha seguida de uma patanisca n’Os Unidos.

Os mais gulosos encontrarão a torta da Mira com sabores bem algarvios. A noite ainda é uma criança e há que picar no Bar do Kim.

Mas nem só de carne vive o homem. A sardinha conserva-se na Porta Velha e o berbigão, armado em amêijoa, diz-se de Bulhão Pato na Taberna Cool 33.

 

Zona Verde – Portimão (Zona Centro)
O centro de Portimão anima-se com um cheirinho a maresia. A Maria veio do Mar com sardinha na canastra e até a Lusana se rendeu a ela, quente e boa. Uma em tiborna, outra albardada. O Comidinhas também foi ao mar e trouxe ostras de águas vizinhas. Kibom!

Depois, um pratinho de moelas para compôr. Um doce? Ainda não. Antes, uma marotice. O Pipo, sem pejos, serve a “dita” do bacalhau.

Para a sobremesa, a escolha é muita e variada. A Casa da Isabel recebe bem com uma torta de milho e a Inglesa tem queijinho de figo para quem a visitar. O figo também é rei na Arade e chega na volúpia do chocolate.

É assim o Algarve doce: Amênd & Fig, a primeira amarga e com ovos-moles num pastel bem português. O que é Nacional é bom e o bolo está no tacho.

 

Zona Vermelha – Portimão (Zona Centro Sul)
Já perto do rio, no edifício que já foi fábrica, o petisco não é para meninos. A Sal e Fogo, uma dobrada bem apurada. Os enchidos têm sangue luso na Loja Portuguesa e o frango chega miudinho, à boca de passarinho de quem entrar no JJ 25.

Outros números estão em jogo n’O Ténis. Mas pegar nas raquetes depois de uma feijoada de lingueirão seria demasiado Radical. O melhor é seguir até ao Parque da Juventude e saborear um polvinho à Galega a piscar o olho ao sul.

Depois, é refrescar o palato com uma estupeta de atum. Serve O Holandês, rendido ao Algarve. Aqui, a laranja não é mecânica, mas doce. Em bolo no Café Creme e em torta na Milénio, à sombra de uma telha de amêndoa.

 

Zona Laranja – Praia da Rocha
Indo à praia, há Mar e Sol e … Surpresa! Tudo para todos os gostos. O peixe é alimado no Branquinho que até serve tinto. A cavala aperalta-se em filete e vai até ao Aqua Lounge no Tivoli Marina. Na Tasca da Marina, as lulas vêm cheias.

Uma sardinha aventura-se num Safari, em sabores mediterrânicos. Outra aparece em trajes indianos e é uma Salsada, segundo o Zé. Até O Pirata ajeita o olho de vidro para ver melhor o camarão. Ah, maçarico! Seguindo no Atlântico para outras latitudes, ganha-se accent. Quer-se Food & Wine e saciar os sentidos com um atum que chega marcado.

Ganha-se asas no Belek. Do frango, serve o peito e, já que é no meio que está o recheio, a alheira salta ao paladar. O Casalinho fê-lo em tiras e tornou-o cremoso com um toque de especiarias. O Papa, que não é Francisco mas Jorge, traz moelinhas em vez de bênçãos.

Enfim, pecados à parte, ninguém resiste à gula. Os participantes sabem que a nata os salvará. Ainda para mais, com vista para o mar na Fortaleza… e No Solo. Também há gelado para refrescar, à algarvia, com figo e amêndoa, a mesma que se encontra torta, regada a licor no Euro Doce Pão.

Mas a noite não acabou, não. De madrugada, vasculha-se na Merendeira. O que há? Um caldo verde e pão com chouriço para reconfortar o estômago.

 

Zona Castanha – Alvor
Este ano, a Rota também se faz em Alvor. E até D. João daria o reino por um petisco. Junto à Ria, na Restinga, o bacalhau e o grão unem-se numa salada fresca. Os carapaus chegam com uma outra patente, alimados no Captain Table.

Continuando com sotaque britânico no Old Up, o convite é para saborear uma Albur Tapa regada a tinto. O lingueirão é de Alvor no Central Café e a orelha desafia os petiscadores, profissionais e amadores, na Flor de Sal. Quem não vai à Bola com choco frito que se acuse.

Sabe-se que esta é terra de Pragas, mas não vai ser preciso lançá-las. Afinal, até os que renunciaram aos prazeres da carne (e do peixe) têm lugar numa patanisca de alho francês.

Se não, é só experimentar o que o Atrium 53 tem para oferecer: o salgado do queijo de cabra com o toque doce do mel. Trouxa feita, é seguir caminho para outra paragem.

 

Zona Rosa – Ferragudo
Mais uma novidade da Rota: atravessando o rio, Ferragudo convida para um petisco. Comece-se então a Sueste. Para abrir o apetite, uma sopa de lingueirão.

Os estômagos também sairão aquecidos após uma canja de conquilhas n’A Ria. Preparados para a empreitada, é colocar dentes à prova. Em Ferragudo, há uma Casa Grande onde as sardinhas são de vinagrete e o vinho tinto. Outra Casa é Verde e traz o senhor de oito braços feito em salada. Ele também se vê frito no Café Duplex.

Do polvo ao porco, surge picadinho no Barril e com um tempero bem português. Nem o frango se salva à espetadinha no Tempo Bistrot. Torturas à parte, a paragem é o quiosque. A sugestão é uma tostinha que se diz de Ferragudo no Q Café.

Depois, importa adoçar o bico. A Vizinha oferece uma bolacha. Como dizer que não se, na Mercearia da Vizinha, até o poejo se embriaga em licor?

 

Como obter um passaporte para o petisco

Para viver esta maratona de acepipes, basta a qualquer pessoa obter o respetivo passaporte, com toda a informação necessária e disponível nos estabelecimentos aderentes, bem como nos Postos de Turismo de Portimão, Praia da Rocha e Alvor, na Casa Manuel Teixeira Gomes, no Posto de Correios de Ferragudo e no Museu de Portimão.

Os petiscadores são convidados a fazer o donativo de 1 euro no “Mealheiro da Rota”, num gesto solidário cuja verba obtida destinar-se-á ao refeitório do Centro Social de Nª. Sr.ª do Amparo em Portimão, ao Lar de Crianças Bom Samaritano em Alvor e ao Centro de Apoio a Idosos de Ferragudo.

Por cada estabelecimento frequentado, o petiscador ganha um carimbo no seu passaporte e, ao colecionar os carimbos, poderá habilitar-se aos Prémios da Rota, como visitas com provas a adegas algarvias, batismos de vela e experiências em sidecar por Bike My Side. Quem completar pelo menos 15 paragens no seu percurso tem ainda direito ao brinde de participação, composto por um convite duplo para visitar o Museu de Portimão.

Para além de proporcionar diversas vantagens, este também é um documento solidário e por isso, em troca do Passaporte da Rota, os participantes são convidados a fazer um donativo de 1 euro nos mealheiros existentes, apoiando assim três instituições de solidariedade, nomeadamente o refeitório do Centro Social de Nª. Sr.ª do Amparo em Portimão, o Lar de Crianças Bom Samaritano em Alvor e o Centro de Apoio a Idosos de Ferragudo.

Um dos segredos que explicam o sucesso desta iniciativa assenta nas diversas sinergias que a Teia D’Impulsos vem estabelecendo, com destaque para a parceria com a Câmara Municipal de Portimão, a que se conjugam os apoios das Juntas de Freguesia de Portimão, Alvor e Ferragudo, Associação de Turismo de Portimão, Região de Turismo do Algarve, Associação de Turismo do Algarve, Comissão Vitivinícola do Algarve e ACRAL – Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve.

Todas as informações sobre a Rota do Petisco de Portimão 2013 podem ser consultadas no sítio da internet http://www.teiadimpulsos.pt.

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