Combate aos mosquitos vai ser intensificado em Armação de Pêra

O «aparecimento anormal de mosquitos em Armação de Pêra» vai obrigar as autoridades a «intensificar e alargar a zona de […]

O «aparecimento anormal de mosquitos em Armação de Pêra» vai obrigar as autoridades a «intensificar e alargar a zona de desinfestação, para tornar mais eficazes as medidas anteriormente adotadas e em curso».

A decisão foi tomada após uma reunião entre a Câmara de Silves, responsável pela ação de desinfestação e entidades do setor do ambiente e saúde.

A Câmara de Silves, a Agência Portuguesa do Ambiente e a Autoridade de Saúde do ACES Central do Algarve avaliaram a situação vivida nesta localidade litoral do concelho, muito procurada por turistas no Verão, e decidiram avançar com mais medidas, para além das que têm sido tomadas, apesar de os mosquitos não serem considerados perigosos.

«A anormal densidade dos mosquitos não apresenta riscos para a saúde pública, dado que as espécies existentes não se encontram infetadas. Nunca foram detetadas em toda a região algarvia espécies exóticas como, por exemplo, o Aedes egypty e o Aedes albopictus, responsáveis pela transmissão dos vírus da febre do dengue ou da infeção pelo vírus Chukungunya», explicou a autarquia.

A solução terá de passar mesmo por desinfestação, apesar de o problema também estar ligado à falta de renovação de água na Foz da Ribeira de Alcantarilha.

Uma abertura artificial da barra, como as que se efetuam no Inverno quando há muita pluviosidade, não se aplica, uma vez que não há garantias que a água se renove.

«As aberturas artificiais que ocorrem durante o inverno, normalmente em situações em que se verifica elevada pluviosidade e existe risco de inundação, poderão contribuir favoravelmente para a renovação do corpo de água lagunar e para a melhoria da qualidade da água. Não se prevê, porém, efeito similar durante os meses de verão, dado que não haveria garantia de renovação de água lagunar através da entrada de água salgada, dada a fraca ondulação marítima e de amplitude da maré. A diminuição do volume de água nas lagoas potenciaria a degradação da qualidade da água e teria implicações ao nível da ecologia do sistema que, para a situação presente, não se afigura, como uma mais-valia», explicou a Câmara de Silves, numa nota de imprensa.

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