Linces algarvios Joaninha e Jazz libertados na Andaluzia

«Joaninha» e «Jazz», dois linces nascidos no ano passado no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico, na serra de Silves, […]

«Joaninha» e «Jazz», dois linces nascidos no ano passado no Centro Nacional de Reprodução do Lince-ibérico, na serra de Silves, foram libertados na sexta-feira, dia 21, em Guarrizas, na Andaluzia.

Em 2013, já foram reintroduzidos na natureza 19 linces, onze dos quais nascidos no Centro de Reprodução situado no Algarve e criado como medida de compensação pela construção da Barragem de Odelouca.

Os dois jovens linces, filhos de Castañuela e Fado e de Fruta e Fresco, libertados agora naquela zona da região espanhola da Andaluzia, deverão juntar-se a outros quatro, já ali reintroduzidos este ano: Joio e Janeira, a 14 de março, e Jam e Janga, a 18 de junho.

Todos estes linces foram reproduzidos em cativeiro no CNRLI de Silves, precisamente com o objetivo de serem libertados na natureza, como forma de reforçar o núcleo populacional desta espécie.

No Centro, além da reprodução, os linces aprendem também a caçar e outros comportamentos que lhes permitirão sobreviver em liberdade.

Este ano, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e Florstas (ICNF), também já foram libertadas crias em Guadalmellato, Espanha: (Jeropiga e Joeira, a 14 de março, Jembe e Jiga (filhas de Castañuela e Fado) e Jedi (5 de junho, filho de Flora e Foco).

Os primeiros passos na natureza dos animais libertados estão a ser seguidos via foto-armadilhagem, seguimento por rádio (VHF) e via satélite pela equipa do projeto Iberlince.

O plano de reintrodução em Espanha para 2013 visa a libertação de um total de 19 animais – 2 em Donãna, 10 em Guarrizas, 7 em Guadalmellato – reforçando as populações de lince ibérico aí existentes.

Existem ainda vários animais treinados em cativeiro de reserva para a eventualidade de surgir nova oportunidade de solta, dos quais 3 – Jacarandá, Junquinho e Junquilho – nasceram no CNRLI.

Em 2013, no CNRLI, nasceram 17 crias, 15 das quais estão também a ser preparadas para adquirirem os comportamentos necessários à sua sobrevivência no meio natural, pelo que no próximo ano já se poderá contar com estes animais para novas ações de reintrodução.

As áreas eleitas para estas ações devem reunir condições suficientes para potencialmente albergar uma população de lince viável no futuro.

Nesse sentido, vários projetos, em particular o projeto ibérico Iberlince, co-financiado pelo programa europeu LIFE, têm desenvolvido ações de preparação de habitat e coelho-bravo.

«Finalmente, a futura existência de linces em qualquer área de Portugal ou Espanha dependerá da vontade das pessoas, e por isso conta-se, em particular, com o envolvimento da população local», salienta o ICNF.

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