Rigor nas contas, transparência e medidas na área social que permitam aliviar as famílias. Estes são os pilares da proposta que o candidato a Faro pelo PSD Rogério Bacalhau pretende apresentar nas Eleições Autárquicas deste ano.
O social-democrata fez a apresentação pública da sua candidatura esta sexta-feira, no Bar/restaurante «O Castelo», na Vila-Adentro de Faro, perante uma plateia onde se notou uma forte presença de empresários, líderes associativos e personalidades ligadas ao setor social.
Ausente esteve o atual presidente de Câmara, eleito pelo PSD, Macário Correia, que ainda assim deixou uma mensagem escrita para ser lida aos presentes. Segundo justificou Rogério Bacalhau ao Sul Informação, estaria em Évora a cumprir um compromisso previamente assumido, mas o seu sucessor na candidatura pelo PSD a Faro espera tê-lo a seu lado noutras realizações.
Uma área que será uma bandeira da candidatura de Rogério Bacalhau, que anunciou que irá agora recolher ideias junto dos farenses, para constituir um programa à imagem dos desejos dos munícipes, será o rigor nas contas da autarquia.
No lançamento da candidatura foi salientado o perfil de servidor público do professor de Matemática farense, tanto como docente da escola João de Deus e da Universidade do Algarve, como diretor da Secundária Pinheiro e Rosa, cargo que ocupava antes de se tornar vice-presidente da Câmara de Faro.
No executivo, ocupou uma posição chave na estratégia da equipa liderada por Macário Correia, o pelouro das Finanças. E o caminho do «rigor na gestão dos recursos públicos e definição criteriosa de prioridades» é para continuar, a bem da saúde financeira da autarquia.
«Dizer que se vai longe e acumular dividas não é caminho. A Câmara e os farenses sabem quão amarga é essa receita. Provaram-na durante muitos anos», ilustrou Rogério Bacalhau.
Apesar de assumir que não pretende fazer promessas que não possa cumprir, algo que «prejudica a democracia», o candidato social-democrata a Faro assumiu o compromisso de se focar na área social, para conseguir «um concelho mais inclusivo e que trate bem quem está numa posição mais vulnerável».
Neste campo, comprometeu-se com quatro medidas distintas: o alargamento das taxas sociais de água a mais famílias, do apoio socio-educativo, a redinamização do Banco de Voluntários Municipal e a criação de um passe de transporte social.
Outra forma de intervir socialmente é criando emprego, algo que Rogério Bacalhau se propõe a fazer com estímulo ao empreendedorismo, por um lado e com a promoção do turismo na capital algarvia, por outro.
«Vamos criar um Gabinete de Apoio ao Empresário com o objetivo de prestar informações e apoio relativamente à criação e empresas, aos incentivos financeiros, ao licenciamento e assegurar que cada projeto que nasça em Faro tenha um acompanhamento administrativo simples e desburocratizado por parte da autarquia», anunciou.
No campo do turismo, Rogério Bacalhau lembrou que dos milhões de passageiros que aterram no Aeroporto de Faro, só uma percentagem pequena visita a cidade, considerando que terá de ser a autarquia a mudar esta realidade.
A ideia é «promover a cidade, a sua oferta cultural, o património edificado do concelho, a sua história, a Ria Formosa e as nossas praias». «Para isso iremos construir um plano de desenvolvimento turístico do concelho, em colaboração com a Universidade do Algarve, e fazer promoção do concelho em cada voo low-cost com destino a Faro», disse.
Outra preocupação demonstrada pelo candidato do PSD a Faro foi a falta de dinamismo da Baixa comercial da cidade, onde se propõe a «criar uma bolsa de espaços disponíveis com rendas apelativas durante um ano», em colaboração com proprietários e respetivas associações.
Poder Central tem de ajudar Faro
O candidato a Faro pelo PSD não esqueceu as responsabilidades do Governo em diversas obras estruturantes para o concelho, algumas das quais paradas. Entre elas a Variante Norte, intervenção que Rogério Bacalhau quer ver acabada rapidamente. «Se o concessionário não se consegue financiar para garantir a conclusão das obras, então que o Estado resgate a concessão e com o dinheiro aplicado conclua a obra. É urgente», disse.
A renovação do Porto Comercial de Faro e as dragagens na Ria Formosa, previstas no âmbito do Polis, foram outras intervenções cuja urgência Rogério Bacalhau salientou.
Em resposta aos que acusam este executivo de não fazer obra, o atual vice-presidente da Câmara lembrou a empreitada que permitiu alargar a taxa de cobertura de água e esgotos no concelho «para os 97 por cento», bem como a melhoria e construção de escolas. O Parque de Lazer das Figuras e o lançamento do Parque Ribeirinho de Faro foram outros exemplos dados.
Ontem, em Faro, não esteve nenhum membro do Governo PSD/CDS, a mesma coligação atualmente na Câmara (e que tudo indica que se manterá, dada a forte presença de membros do CDS/PP na apresentação de Rogério Bacalhau), mas esteve o vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva.
O convidado de honra preferiu não falar em obras e realizações, optando por reforçar a confiança em Rogério Bacalhau, o candidato que, considerou, é a figura que reúne «as competências técnicas, profissionais e políticas» para dar continuidade «ao excelente trabalho» desenvolvido pelo atual executivo camarário.
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