Membros eleitos do Conselho Geral da Universidade do Algarve já tomaram posse

Os membros eleitos do Conselho Geral da Universidade do Algarve tomaram ontem posse numa cerimónia que decorreu na Biblioteca do […]

Os membros eleitos do Conselho Geral da Universidade do Algarve tomaram ontem posse numa cerimónia que decorreu na Biblioteca do Campus de Gambelas. Uma sessão que foi precedida pela última reunião dos membros cessantes do órgão de governação da universidade algarvia e foi também o último ato de Fernando Ulrich enquanto seu presidente.

A polémica que rodeou a eleição dos alunos do sub sistema universitário ficou dentro de portas e o presidente do conselho de Administração do BPI recusou comentar o assunto ao Sul Informação, pouco depois de ter explicado na última reunião do Conselho Geral cessante a revogação da decisão da comissão eleitoral que tinha anulado parte dos resultados do escrutínio.

Abordado pelo nosso jornal no final da sessão, Fernando Ulrich considerou que este é um assunto «que está encerrado» e não quis prestar declarações. A serenidade com que correu a tomada de posse dos novos membros pareceu confirmar isso mesmo.

Os 25 membros agora empossados irão reunir-se já na próxima segunda-feira, para dar início ao processo de cooptação de personalidades externas à UAlg, processo deverá estar concluído até ao verão. Em novembro, este órgão irá eleger o novo reitor da Universidade do Algarve.

Esta é uma das principais competências do Conselho Geral de uma universidade pública, que é, como ilustrou ontem Fernando Ulrich, «comparável ao conselho de administração e uma empresa, mas sem o poder executivo». Esse continua a caber ao reitor, ainda que «sob o escrutínio» do órgão de governação.

 

Filipa da Silva garante que foi feita justiça

A presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg) Filipa da Silva encabeçou a lista que foi mais votada pelos alunos do universitário e cuja vitória começou por ser anulada pela comissão eleitoral, para mais tarde ser confirmada por Fernando Ulrich.

À margem da tomada de posse, a estudante da UAlg considerou aos jornalistas que foi feita justiça e garantiu que a sua lista não cometeu qualquer irregularidade. «Felizmente, havia a hipótese de apresentarmos recurso ao presidente do Conselho Geral. Expusemos a nossa situação e apresentámos provas em como não era verdade aquilo que era dito acerca de nós», revelou a dirigente da AAUAlg.

A lista encabeçada por Filipa Silva foi acusada de ter feito apelo ao voto na sua candidatura no dia das eleições. As denúncias foram feitas pelas listas concorrentes e confirmadas pela comissão eleitoral, que anulou o escrutínio por «práticas reiteradas de apelo ao voto por parte da Lista A».

A decisão de Fernando Ulrich deixou feliz a lista A, mas causou mau estar entre as outras três listas concorrentes. Os adversários de Filipa da Silva nas urnas dizem que há provas do apelo ao voto na lista A e contestam a decisão de Fernando Ulrich, cuja palavra é final a nível interno.

Filipa Silva não nega que incentivou ao voto «como é normal em quaisquer eleições», mas garantiu que não fez apelo ao voto na lista que representava. «É normal que nos dias em que há eleições, seja na universidade, seja nas autárquicas ou noutras, que se apele a que as pessoas exerçam o direito de voto. Não se pode é falar em qualquer lista ou candidato», ilustrou.

Filipa Silva admitiu que a sua candidatura incentivou diversos alunos a exercer o direito de voto, acrescentando que tem provas «que todas as outras listas o fizeram». «A razão que invocaram para anular a nossa vitória foi que nós tínhamos feito apelo ao voto na nossa lista, uma espécie de campanha eleitoral, o que não aconteceu de todo», assegurou.

Lembrou ainda a diferença «de 400 votos» para a segunda lista mais votada, num universo de menos de 700 votantes.

 

 

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