João Rosado vai impugnar judicialmente eleições da ACRAL se sua lista não for aceite

A guerra pela liderança da Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) está aberta, com troca de […]

A guerra pela liderança da Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) está aberta, com troca de acusações entre diversos intervenientes e o caso deverá mesmo ir parar a tribunal. A candidatura da atual direção não se conforma com a rejeição da sua lista e ameaça impugnar judicialmente as eleições de 5 de abril caso a  decisão não seja revista.

Em comunicado, João Rosado defende não só que foi prejudicado pelo presidente da Assembleia Geral Álvaro Viegas, mas também que este dirigente da ACRAL «não contou bem os prazos para a entrega das listas e foram ambas entregues fora do prazo». Nas contas do atual presidente da associação, a data limite deveria ter sido dia 21 de março e não 22.

O atual presidente da associação João Rosado anunciou ainda que requereu a reposição da «legalidade do ato eleitoral» a Álvaro Viegas, e  considera que este «usurpou e excedeu as suas competências infringindo todas as regras do bom senso e normas processuais e estatutárias da ACRAL».

Ilegalidades que Álvaro Viegas diz não ter cometido, garantindo que «é facilmente demonstrável» que decidiu bem. Isso não impediu a candidatura da atual direção de lhe dar 24 horas antes de passar à fase seguinte, a de pedir «a nulidade de todos os atos praticados por Álvaro Viegas, no exercício das suas funções como presidente da Assembleia Geral da associação».

Ou seja, tendo em conta a posição entre as duas partes, parece certo que o caso vai mesmo parar à barra dos tribunais, como João Rosado já havia anunciado ao Sul Informação. «Na verdade, este processo eleitoral é o culminar de uma campanha de difamação e manipulação das normas vigentes que tem sido feita desde o verão de 2011», acusou João Rosado.

Álvaro Viegas, em declarações ao nosso jornal, diz que se limitou a cumprir os estatutos e que tinha não apenas uma, mas duas razões para não aceitar a lista encabeçada pela empresa Dermofone de João Rosado. Além de ter alegadamente entrado fora de prazo, a lista tinha diversos elementos que foram excluídos por o presidente da Mesa da AG ter considerado que não cumpriam os requisitos necessários para ser elegíveis.

Ao conflito aberto entre a lista de recandidatura da atual direção, presidida por João Rosado e pelo presidente da Mesa da AG Álvaro Viegas, também se uniu a única lista aceite a escrutínio, liderada por Vítor Guerreiro, proprietário das lojas Victor Victoria.

Numa nota enviada às redações, a lista do comerciante farense divulgou diversos documentos que considera que alegadamente provam que a lista de João Rosado entrou «tarde e incompleta». Entre os documentos, a cópia do email enviado pela lista da atual direção, que João Rosado defendeu que, só por si, legitimava a sua candidatura.

Os documentos enviados às redações estão em formato PDF e serão os mesmos anexados ao email de João Rosado para a ACRAL, segundo a candidatura de Vítor Guerreiro. Na lista de candidatos enviada por via eletrónica, constavam apenas os nomes dos representantes e não das empresas, como alegou o presidente da Assembleia Geral da ACRAL.

Ainda assim, na mesma mensagem seguiram as obrigatórias declarações de cada uma das empresas a aceitar a integração na lista e a confirmar os diferentes nomes da lista que estavam em lugares efetivos como seus representantes. Já as 50 assinaturas de proponentes da candidatura, consideradas obrigatórias para qualquer candidatura, não estavam entre a documentação divulgada pela lista de Vítor Guerreiro.

Comentários

pub