PS/Algarve contesta encerramento da Unidade de Convalescença do Hospital de Faro

O PS Algarve manifestou hoje a sua estranheza pelo encerramento, em fins do mês de agosto, da Unidade de Convalescença […]

O PS Algarve manifestou hoje a sua estranheza pelo encerramento, em fins do mês de agosto, da Unidade de Convalescença do Hospital de Faro, dotada de uma capacidade de 20 camas.

Os socialistas algarvias dizem só agora ter tido conhecimento deste fecho da Unidade de Convalescença, localizada no Hospital de Faro desde o início de 2012, após ter sido deslocada do antigo internamento do Centro de Saúde de Loulé, onde funcionava desde 2007.

O PS sublinha que «a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (Rede), com as suas distintas tipologias de cuidados de saúde e de apoio social, surgiu como resposta às necessidades emergentes sentidas na sociedade portuguesa face às repercussões do crescente envelhecimento da população acompanhado da alteração das estruturas funcionais das famílias, usuais apoios aos idosos, bem como da alteração do perfil das patologias e das situações de dependência e de fragilidade».

Por isso, os socialistas estranham que «a Administração Regional de Saúde do Algarve e o Hospital de Faro tenham decidido proceder ao encerramento da Unidade de Convalescença, diminuindo, deste modo, as respostas em internamento da Rede e colocando em causa o acesso dos algarvios a este tipo de cuidados de saúde, tanto mais que não existe mais nenhuma resposta equiparada na área de influência do Hospital de Faro».

«Tal facto é tanto mais surpreendente se se considerar que este tipo de cuidados de saúde, sendo de qualidade, é menos oneroso que o internamento hospitalar», acrescentam.

O PS Algarve considera o encerramento da Unidade de Convalescença do Hospital de Faro «bastante prejudicial para as populações da maioria dos concelhos algarvios (Albufeira, Loulé, Faro, S. Brás de Alportel, Olhão, Tavira, Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim), que se deparam com dificuldades acrescidas para receberem este tipo de cuidados integrados e multidisciplinares face às distâncias geográficas de respostas idênticas, e particularmente, num momento das suas vidas pautado por aumento de fragilidades diversas.»

Os socialistas algarvios dizem igualmente estranhar «que a Unidade de Cuidados Paliativos, prevista para o Hospital de Faro e financiada pela Rede, não tenha iniciado o seu funcionamento até à data. Tanto mais que o internamento em Cuidados Paliativos é deficitário, em termos nacionais e regionais, e por constituir uma área de cuidados de saúde particularmente valorizada pelo CDS-PP, partido da coligação que suporta o governo».

O PS Algarve afirma saber «que as adaptações dos pisos do edifício do heliporto para as Unidades de Convalescença e de Cuidados Paliativos foram financiadas com verbas da Rede, específica e exclusivamente dedicadas à reconversão de unidades do Serviço Nacional de Saúde para estas Unidades».

Por isso, têm «dúvidas quanto à legalidade e oportunidade do encerramento da Unidade de Convalescença e do protelar do início de funcionamento da Unidade de Cuidados Paliativos».

«Estas medidas não defendem os interesses da região, na linha de outras decisões conhecidas tomadas pelos responsáveis regionais pelas políticas de saúde. Significam, antes, um manifesto retrocesso na oferta de cuidados de saúde, e de qualidade e, por o PS Algarve não se identificar e não condescender com as mesmas, irá, junto do Gabinete do Ministro da Saúde, procurar as explicações cabais a que os algarvios e o Algarve têm direito».

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