Protesto contra as portagens com momentos de tensão entre manifestantes e polícia

Uma marcha-lenta que juntou cerca de cem viaturas e alguns momentos de tensão entre manifestantes e a polícia na sequência […]

Uma marcha-lenta que juntou cerca de cem viaturas e alguns momentos de tensão entre manifestantes e a polícia na sequência de um bloqueio de estrada surpresa, marcaram o protesto promovido este sábado pela Comissão de Utentes da Via do Infante para assinalar um ano sobre a introdução de portagens na A22.

Como tinham prometido, os manifestantes anti portagens realizaram ações surpresa durante o protesto de ontem, uma das quais foi um corte de estrada numa zona em que «há cerca de dois meses houve um acidente terrível, que matou duas senhoras e feriu outras duas pessoas com gravidade», disse ao Sul Informação o elemento da CUVI João Vasconcelos.

Esta ação não foi tolerada pelos elementos da GNR presentes «que reagiram com agressividade e empurrões aos membros da CUVI e outros populares». A ideia dos manifestantes era colocar um memorial às vítimas do acidente.

«Da outra vez, em Vila Real de Santo António, a polícia deixou fazer o corte e colocar o memorial, mas desta vez não nos deixaram. Com a confusão que se gerou, a estrada acabou por ficar bloqueada 5 ou dez minutos», contou João Vasconcelos.

Apesar deste episódio, o protesto prosseguiu e fez o percurso previsto, ou seja, partiu de um restaurante junto às Quatro Estradas, em Quarteira, seguiu até à Fonte de Boliqueime e voltou para trás até ao local da partida, sempre pela EN 125.

Antes da marcha-lenta, teve lugar um almoço/debate, que juntou «cerca de 60 pessoas». Aqui, foi discutida e aprovada uma moção.

«A moção vem reprovar as portagens, já que os resultados estão à vista. No final do ano o Estado terá de pagar 40 milhões ou mais à concessionária, o que é um grande prejuízo», considerou.

Assim, os participantes no debate promovido pela CUVI defendem «a constituição de uma comissão alargada, que inclua a CUVI, a AMAL e associações empresariais, para ter uma reunião com Ministro da Economia».

Além disso, a comissão exige que o Governo «apresente o Estudo de Impacto Económico e Social prometido, que nunca se viu». Também foi discutida a possibilidade de vir a pedir «a criminalização dos responsáveis pela introdução de portagens, pelos prejuízos, mortes e acidentes» decorrentes da medida.

Aos protestos deste sábado, juntaram-se mesmo residentes estrangeiros no Algarve, que não concordam como a colocação de portagens na Via do Infante.

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