Teatro marca «Em Contra» na Associação dos Músicos de Faro em Novembro

Grupos de teatro de quase todos os tipos, com a Companhia Profissional do Chapitô a encabeçar o cartaz, vão juntar-se […]

Grupos de teatro de quase todos os tipos, com a Companhia Profissional do Chapitô a encabeçar o cartaz, vão juntar-se na Associação Recreativa e Cultural de Músicos (ARCM), em Faro, em mais uma edição festival «Em Contra Teatro», que decorre de 16 a 18 de novembro.

Uma iniciativa que pretende ser um espaço de encontro entre esta arte e o público, mas também um local de convívio e troca de experiência para os que fazem teatro, de forma profissional ou amadora.

A ideia é não deixar ninguém de fora, nem mesmo aqueles que sentirem o bichinho do teatro, mas que não tenham ainda tido a oportunidade de mostrar o seu talento ao público. Além dos oito espetáculos e do baile popular, faz parte do programa um período de Palco Aberto, no final de cada um dos dias.

«Os objetivos destes encontros são vários, mas o mais importante é que o Teatro seja acessível a todos, mas mesmo todos. Daí termos um programa que tem grupos de teatro amador, juvenil, feitos por pessoas da terceira idade, chamemos-lhe sénior e teatro profissional», revelou Pedro Monteiro, da companhia de teatro profissional algarvia Te-Atrito, que coorganiza o evento com a Associação dos Músicos.

Também os preços tiveram em conta os tempos difíceis que vivemos. O bilhete para ver os diversos espetáculos de uma noite custa 3 euros (2 para sócios da ARCM) e um bilhete para os três dias custa 6 euros. À tarde, também haverá atividades, neste caso com entrada livre. Do lado dos participantes, apenas o Chapitô receberá «um cachê simbólico», enquanto as demais companhias «estão pelas despesas».

Ao nível do cartaz, abre no dia 16 de novembro às 15 horas com a peça «A Evolução da Família», pelo Te-Atrito, que volta a levar a mesma peça à cena no dia seguinte, sábado dia 17, à mesma hora. O programa do primeiro dia continua a partir das 21h30 com dois espetáculos, a peça «Rapsódia», pela companhia de teatro amador juvenil Teatro Vilão, e o espetáculo «Auto das Pinduronas», pelo Teatro Experimental de Alcoutim (amador).

No sábado, depois da tarde assegurada pelo grupo que coorganiza o evento, a noite trará a peça «Édipo», pela Companhia Chapitô, que começa às 22 horas. Este será a única peça a ser apresentada à noite, sem prejuízo da abertura do palco ao público em geral a partir da meia noite, à semelhança do que acontecerá sexta-feira.

No domingo à tarde, vai haver festa rija e à moda antiga. Às 15 horas começa a peça «Que ele há coisas, há», pelo grupo de teatro sénior Miralumim, de Alte, seguido, as 15h30, pelo espetáculo «Histórias com pessoas dentro», pelo Grupo de Teatro Sénior de Quarteira.

A partir das 16h30 haverá um Baile Popular, com acordeonista, que contará com a presença da ARPI, que se junta a esta tarde de teatro e música. Além da ARPI, também foram convidados a assistir ao «Em Contra Teatro» a ASMAL e a Casa de Santa Isabel.

À noite, a fechar a terceira edição do «Em Contra», atuará a partir das 21h30 o Teatro Fórum de Moura (profissional), que traz a Faro a peça «Os Infernos de Joane o Parvo», com início às 21h30. O Palco Aberto, na noite de 18 de novembro, começa às 23 horas.

«Também teremos debates, uma Feira do livro do Teatro, com o apoio do Alfarrabista Simões, Leya no Pátio e livraria Bertrand e vários stands de adereços de artes de palco e artesanato», acrescentou.

 

Amor ao Teatro é maior que o amor ao dinheiro

O orçamento da 3ª edição do «Em Contra Teatro» está longe de ser exagerado, para aquilo que oferece ao público, o número de pessoas que move e o número de dias que dura, mas mesmo assim não há garantias de que as contas se equilibrem, no fim. Uma situação que não mudou, ainda assim, a postura da organização, que manteve o preço dos bilhetes num valor simbólico.

«Posso dizer que o valor global do nosso orçamento é 4400 euros. Para tudo, incluindo deslocações, alimentações, etc. Em princípio, vamos conseguir cerca de 400 euros, os bilhetes são acessíveis», revelou.

Além deste valor, há que contar os cerca de 2000 euros de apoio que vêm da Direção Regional de Cultura e o apoio logístico que virá da Câmara de Faro, do Instituto Português do Desporto e Juventude e do grupo de teatro universitário Sin-Cera. «Também teremos serviço de bar a funcionar durante todo o evento», acrescentou.

 

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