Pelo menos 12 pessoas desalojadas, inundações em casas, caves e garagens nas zonas de Quarteira, Vale do Lobo, Vilamoura, Vale Judeu e Quinta do Lago e o corte da linha férrea, que ainda se mantinha a meio da manhã, são os principais efeitos das chuvas fortes que caíram esta madrugada no concelho de Loulé.
Em declarações ao Sul Informação o presidente da Câmara de Loulé disse não haver registo de feridos, mas preferiu deixar para mais tarde uma avaliação de danos, já que os bombeiros e a Proteção Civil ainda estão neste momento no terreno. Mesmo ao nível de desalojados, o número poderá ser superior, pois poderá haver mais vítimas de inundações «que foram acolhidas por vizinhos ou familiares e não solicitaram a ajuda dos serviços de Proteção Civil».
«Houve uma família de seis pessoas que foi realojada no quartel dos Bombeiros de Quarteira e uma senhora idosa acamada que foi transferida para o Centro de Saúde de Quarteira. Também temos conhecimento de outras cinco pessoas que ficaram em casa de família ou de amigos. A cargo da autarquia, estão as primeiras sete pessoas», revelou.
A noite de hoje foi complicada, nas zonas mais baixas do concelho, nomeadamente junto ao litoral. Em Quarteira, os piores momentos viveram-se «com a conjugação da Preia-mar com a chuva forte», altura em que várias caves da zona ribeirinha inundaram.
Cerca das 8 horas da manhã, a informação da CP adiantava que «a circulação de comboios na linha do Algarve encontra-se interrompida entre Loulé e Boliqueime devido ao mau tempo. Aguarda-se a chegada dos técnicos para apurar se é ou não seguro retomar a normal circulação. Até a esta hora não estão a circular comboios em ambos os sentidos». Segundo Seruca Emídio, perto das 10 horas a situação ainda não estava resolvida.
A circulação automóvel também teve de ser interrompia na estrada que liga Almancil a Quarteira, «na zona da Fonte Coberta» e entre Quarteira e Loulé, «junto ao empreendimento Vila Sol» durante a noite, mas «a circulação já foi reaberta».
Os bombeiros, que foram chamados a intervir durante a madrugada, continuam na zona a prestar auxílio, tanto mais que dezenas de casas se mantêm alagadas, sobretudo nas suas caves. Tendo em conta que as freguesias afetadas têm um forte pendor turístico, há a possibilidade de haver «moradias afetadas que não tinham ninguém lá», pelo que a contabilidade de danos deve continuar por algum tempo.
(Atualizado às 10h15 com declarações do presidente da Câmara de Loulé Seruca Emídio)
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