Isabel Soares vai ser nova administradora delegada das Águas do Algarve

Isabel Soares vai ser a nova administradora delegada da empresa Águas do Algarve SA. A nomeação da até agora presidente […]

Isabel Soares vai ser a nova administradora delegada da empresa Águas do Algarve SA. A nomeação da até agora presidente da Câmara Municipal de Silves deverá ser confirmada numa assembleia geral da empresa marcada para 5 de novembro.

A autarca social-democrata, que há muito era falada para o cargo, vai assim suceder a Artur Ribeiro. Ao que o Sul Informação apurou junto de fontes ligadas ao processo, a proposta inicial era para reduzir a administração das Águas do Algarve de cinco para três elementos, mas acabará por ficar tudo na mesma.

Assim, além do presidente do Conselho de Administração, que é e se mantém Joaquim Marques Ferreira, da empresa-mãe Águas de Portugal, a estrutura de cúpula será então formada por Isabel Soares, com funções de administradora-delegada, José António da Silva Mestre, que se mantém, e ainda dois autarcas, em representação da AMAL, um de um município do PSD e outro do PS.

A decisão de nomeação daquela que até agora tem sido a única mulher à frente de uma Câmara Municipal do Algarve era para ter sido tomada numa assembleia geral na passada segunda-feira, mas acabou por ser adiada. Ao que foi possível apurar, este adiamento para dia 5 de novembro tem a ver com a necessidade de validar os currículos das pessoas a nomear, pela Comissão Reguladora.

Isabel Soares, em declarações ao Sul Informação, confirmou ter sido «auscultada» para o cargo e ter manifestado a sua «disponibilidade». Quando assumir a liderança das Águas do Algarve, a autarca vai suspender o seu mandato enquanto presidente da Câmara de Silves, subindo à presidência, em princípio, o atual vice-presidente Rogério Pinto (PSD).

Isabel Soares, que já não poderia voltar a candidatar-se à autarquia de Silves por ter esgotado o número de mandatos possíveis e que nestes últimos anos tem tido muita dificuldade em gerir um executivo municipal onde o seu PSD não tem maioria, sublinhou precisamente, nas suas declarações ao nosso jornal, já estar «em final de mandato», pelo que agora irá «dar oportunidade a outros para mostrarem o seu valor».

Quanto ao novo cargo nas Águas do Algarve, salientou que se trata de «uma mudança interessante, um desafio que gostarei muito de aceitar».

Isabel Soares esclareceu ainda que a Câmara de Silves já «não deve nada» às Águas do Algarve, ou antes, que recentemente estabeleceu um «acordo para pagar o que estava em dívida». «Devíamos um milhão e pouco de euros, mas celebrámos um acordo de pagamento e agora temos dois anos para pagar e está tudo em dia», acrescentou.

A empresa Águas do Algarve SA, que gere o Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água do Algarve, é uma sociedade de direito privado e capitais públicos que pertence ao universo das Águas de Portugal SGPS, SA, que detém a maioria do capital (54,44%), sendo o restante distribuído pelos 16 municípios algarvios, em percentagens variáveis.

 

Administração da Algar também muda

 

Mas não será apenas nas Águas do Algarve que haverá mudanças no topo. Também na empresa Algar Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos SA vai haver mexidas.

No entanto, no caso desta empresa, ao que o Sul Informação apurou, a administração será mesmo reduzida para três elementos.

Assim, José Perdigão, quadro das Águas do Algarve que transita para o setor dos resíduos sólidos, será o novo administrador-delegado, enquanto Artur Cabeças, em representação da EGF – Empresa Geral do Fomento SA, se mantém como presidente do Conselho de Administração. Haverá ainda um autarca, em representação da AMAL.

A estrutura acionista da Algar Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos SA integra a EGF – Empresa Geral do Fomento SA, que detém a maioria do capital social, com 56%, e os 16 municípios do Algarve com os restantes 44%.

Os autarcas que representam os municípios, através da AMAL, nos conselhos de administração destas duas empresas estratégicas são nomeados em regime rotativo. Quando há dois (caso das Águas do Algarve) é norma que um seja do PSD, outro do PS. No caso da Algar, cuja estrutura será reduzida para três administradores, a rotatividade começará por ser assegurada por um autarca do PSD.

 

Autores: Elisabete Rodrigues com Hugo Rodrigues

 

 

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