Noite dos Investigadores também serve para aprender a conceber pontes

O Algarve volta a celebrar a Noite Europeia dos Investigadores amanhã, sexta-feira, com um programa que atravessa a região, mas […]

O Algarve volta a celebrar a Noite Europeia dos Investigadores amanhã, sexta-feira, com um programa que atravessa a região, mas que terá a sua “base operacional” no Ria Shopping, em Olhão. Neste evento, que decorre em simultâneo em mais de 200 cidades de 30 países europeus, pode-se ficar a conhecer melhor o que faz um investigador, experimentar o que é ser um cientista e até ajudar um engenheiro a construir uma ponte. Tudo de forma totalmente gratuita.

Os Centros de Ciência Viva algarvios também se juntaram ao evento, com o de Tavira a rumar ao Ria Shopping e os de Faro e Lagos a oferecer uma programação própria nos respetivos edifícios, a partir do fim da tarde. Já em Olhão, o programa começa logo às 10 horas da manhã, com diversas atividades oferecidas pelos muitos expositores presentes, como o Sul Informação divulgou em primeira mão. Estas atividades são chamadas de «mão na massa», pois dão oportunidade aos visitantes de assumir o papel de investigador ou participar em experiências científicas.

Ao longo das 12 horas que dura o evento, haverá várias atividades com um caráter mais lúdico, muitas delas ligadas ao tema da iniciativa em 2012 «Ciência e Desporto». Cinema, teatro, demonstrações de modalidades desportivas, tertúlias, conversas com investigadores e até uma aula básica de Engenharia Civil fazem parte deste programa.

Às 14h30, será apresentado o documentário, «Atlantic KIMERAA: When Science and Tradition come Together», produzido no âmbito do projeto Europeu de Cooperação KIMERAA e «que incide sobre algumas atividades económicas ligadas ao Mar e a sua ligação com a Ciência», segundo o CRIA- Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Universidade do Algarve, que coordena o evento a nível regional.

Entre as 15 e as 22 horas, qualquer um pode ficar a perceber a ciência por detrás da conceção de pontes, utilizando um material que existirá em quase todas as casas, o esparguete. Professores e alunos do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Algarve vão estimular a criatividade e espírito de investigação dos visitantes «a partir da pesquisa de soluções mais eficazes em termos de comportamento mecânico».

Às 16 horas, começa outra atividade onde o equilíbrio é fundamental, uma demonstração de esgrima, pelo Grupo de Esgrima da Escola João da Rosa. Um desporto que permite «aumentar a força, o equilíbrio, as habilidades corporais e a coordenação motora» daqueles que o praticam. Depois da demonstração, os visitantes são chamados a experimentar este desporto. Ainda no campo da atividade física, haverá uma demonstração da arte marcial japonesa Ninjutsu, que remota ao tempo dos samurais, a partir das 18h30, pela Associação Portuguesa Ninpon Taijutsu.

Antes desta demonstração da arte marcial, será aberto espaço ao diálogo, neste caso entre visitantes e alguns investigadores presentes. A iniciativa «Speed-Dating com Cientistas» consiste em conversas de 5 minutos, durante os quais o investigador responde às perguntas do visitante, para dar a conhecer aquilo que faz no dia-a-dia. Cinco minutos que são bem contados e assinalados pelo tocar de um gongo, que alerta as pessoas a passar a um novo investigador.

Às 19 horas será aberta uma reflexão sobre o tema deste ano da Noite Europeia dos Investigadores, na tertúlia «Ciência e Desporto». «Saber como a ciência se relaciona com o desporto e perceber, através de algumas personalidades da área do desporto e da ciência, como a ciência contribui para aumentar a sua performance são algumas das questões que serão respondidas nesta tertúlia», segundo o CRIA.

Para fechar o programa da Noite dos Investigadores, que em Olhão se transformou num dia de homenagem aos que dedicam as suas vidas à busca de conhecimento, a organização da iniciativa reservou a peça infantil «Não sejas Criança», pelo Grupo de Teatro da UAlg Sin-cera. Uma comédia que resulta de uma criação coletiva e cuja encenação é também da responsabilidade dos elementos do Grupo de Teatro Universitário. O espetáculo tem como intérpretes Ângela Lourenço, Bruno Pádua, Fernanda Faleiro, Luísa Meireles, Nuno Jorge, Severine Guerreiro e Tânia Guedelha. A direção de atores é da responsabilidade de Luísa Meireles e a iluminação de Manuel Alão.

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