Fica quem fez vida de pobre e o novo rico

O futebol algarvio passa por uma situação complicada. As duas divisões distritais seniores fundem-se este ano devido à desistência de […]

O futebol algarvio passa por uma situação complicada. As duas divisões distritais seniores fundem-se este ano devido à desistência de vários clubes, muitos deles por dificuldades financeiras.

No futebol também se viveu tempo de vacas gordas. Clubes sem aspirações a subir de escalão pagavam verdadeiros salários a jogadores amadores, sem ter praticamente nenhum retorno – as receitas de bilheteira no futebol distrital praticamente não existem, o número de sócios dos clubes é irrisório, e as vitórias no campo também não enchem os cofres.

Os clubes viviam dos apoios das autarquias – que mal se conseguem sustentar a elas próprias – sem que, muitas vezes, nos escalões séniores, qualquer munícipe beneficiasse diretamente desse apoio: grande parte dos jogadores dos clubes não viviam no concelho onde eles ficavam sediados.

Houve quem percebesse isso cedo e mudou de rumo no recrutamento de atletas, virando-se para dentro do próprio concelho. Poupa-se mais em prémios – porque há quem jogue futebol por gosto – e em deslocações para treinos ou jogos. São esses os clubes que, agora, menos têm dificuldades em sobreviver e que melhor fazem o papel de promoção do desporto nas respetivas comunidades. Infelizmente são poucos.

Em 2012/2013 vai ressurgir o Algarve United, que contraria na sua génese enquanto clube tudo aquilo que escrevi acima. Venha de onde vier o dinheiro para o seu reaparecimento nas competições distritais, deverá ter mais do que a maioria dos “sobreviventes”. Com a extinção da III Divisão em 2013/2014, caso consiga formar uma boa equipa, arrisca-se a subir diretamente do Campeonato Distrital para a II Divisão Nacional.

É a última oportunidade que este clube tem para mostrar que pode ser levado a sério…

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