Camas já não voltam aos corredores do Hospital de Faro, garantiu administração

As camas nos corredores do Hospital de Faro são coisa do passado e em dezembro também se deixarão de poder […]

As camas nos corredores do Hospital de Faro são coisa do passado e em dezembro também se deixarão de poder ver as macas que ainda hoje se vêem nas urgências desta unidade de saúde, garantiu esta quarta-feira o diretor do HCF Pedro Nunes.

Para acabar com a má imagem das camas fora das enfermarias, bastou reorganizar o espaço já existente e proceder a pequenas remodelações, que até nem terão custado muito dinheiro, assegurou este responsável.

O ministro da Saúde Paulo Macedo esteve esta quarta-feira em Faro para inaugurar a renovação de três serviços e ver com os seus próprios olhos os corredores libertos de utentes desta unidade hospitalar.

O membro do Governo visitou não apenas as remodeladas Unidades de AVC, de Cuidados Intermédios do Serviço de Urgência e de Cuidados Intensivos Polivalente, mas «os oito pisos do Hospital, de alto a baixo».

Com a reorganização feita nos últimos meses, o Hospital de Faro “ganhou” «cerca de oitenta camas nas diversas unidades de internamento», sem falar do aumento das camas na Unidade de AVC «de 5 para 10» e da dos Cuidados Intensivos Polivalentes «de 9 para 16». A Unidade de Cuidados Intermédios mantém o mesmo número de camas, mas num novo espaço.

Com a melhoria de condições, Pedro Nunes acredita que a situação de camas ao longo de corredores, com pacientes deitados em condições pouco dignas, não se voltarão a repetir, nem mesmo quando a afluência tiver picos. «Podem vir cá em qualquer altura do ano e a qualquer hora verificar com os vossos olhos», disse aos jornalistas.

Os corredores já não têm camas, mas na urgência ainda se podem ver pacientes em macas, à espera. Uma situação que o Hospital de Faro também está a resolver e no processo de lançar o concurso para a ampliação do Serviço de Urgência, procedimento já «devidamente autorizado» pela tutela e que irá ser pago «com dinheiro do orçamento do hospital, resultante de diversas poupanças» feitas no último ano, segundo Pedro Nunes.

Esta obra deverá «ter início no próximo mês e estar concluída em dezembro». Ao contrário das unidades inauguradas, esta quarta-feira esta intervenção motivará uma ampliação do espaço hospitalar, para criar uma zona de acolhimento e espera recatada para os doentes que dão entrada nas urgências. Quanto a valores, Pedro Nunes prefere não os avançar, já que «ainda estão em fase de negociação».

No final da visita, Paulo Macedo não avançou qual será o valor dos cortes orçamentais no setor da saúde, embora admita que estes vão acontecer. O membro do Governo disse que os valores só iriam ser decididos numa futura reunião do Conselho de Ministros, mas adiantou que o que está previsto cortar «são as obrigações que estão no memorando da Troika», ou seja, rondará os 200 milhões de euros.

Paulo Macedo admitiu que a saúde terá «menos dinheiro do que desejaríamos», mas ao ser confrontado com a necessidade de cortes, preferiu falar de investimento. O ministro salientou o investimento que está a ser feito no Hospital de Faro e o que foi feito no centro de Saúde de Portimão, ao mesmo tempo que garantiu que não está previsto o fecho dos Serviços de Urgência Básica de Loulé e Lagos.

 

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