O Governo disponibilizou esta quinta-feira uma verba de 300 mil euros tanto para o município de Tavira como para o de São Brás de Alportel para dar «uma resposta imediata» às necessidades mais prementes de habitação, na sequência do incêndio que destruiu uma vasta área destes dois concelhos algarvios.
O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social Marco António Costa anunciou aos jornalistas, à saída de uma reunião com os presidentes das duas autarquias, onde participaram outros três membros do Governo, que assinou «um despacho, na presença dos autarcas» para a celebração de dois Contratos Locais de Desenvolvimentos, no valor de «300 mil euros para cada município».
Segundo Marco António Costa, os quatro secretários de Estado que hoje estiveram em Faro e que já haviam participado num reunião que teve lugar terça-feira em Lisboa, trouxeram com eles «soluções concretas», em todas as áreas que preocupavam Jorge Botelho e António Eusébio, nomeadamente para intervenção nos setores «florestal, agrícola, mas acima de tudo, de apoio social».
Os dois contratos que constam do despacho já assinado visam fazer face às situações mais críticas e servirão «fundamentalmente para recuperação de habitações sinistradas». O fundo será gerido «por cada uma das câmaras, em conjunto com a Segurança Social».
Além desta disponibilização de fundos de caráter urgente, estão em cima da mesa outras medidas, mas Marco António Costa não adiantou quais serão as verbas que lhes serão alocadas. «Para a semana que vem voltarei aqui a Faro para voltar a falar com os autarcas, para saber mais sobre a situação no terreno», acrescentou, garantindo que «o processo começou hoje», mas vai continuar a ter desenvolvimentos.
No final da reunião, ambos os autarcas se mostraram satisfeitos com as medidas, em geral, no sentido em que abrem um leque de possibilidades de resposta aos problemas que apresentaram no início da semana à comissão interministerial que foi criada para apoio às vítimas dos incêndios.
Quanto ao valor já disponibilizado, que pelo menos no caso de São Brás de Alportel fica bem aquém dos 1,5 milhões de euros de prejuízo só em edificado, o acordo prevê «que a verba possa aumentar, caso se mostre necessário».
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