Albufeira recebe, no dia 30 de junho, o primeiro curso de formação em defesa pessoal (incluindo manuseamento de armas de fogo) para funcionários dos serviços de Finanças, numa ação promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.
Segundo o jornal “i”, que esta «medida de emergência» procura «fazer frente à agressividade e ao desespero de quem vê o fisco penhorar salários, carros, casas e outros bens».
É que, recorda este jornal, nos últimos tempos têm-se sucedido as agressões a funcionários do fisco ou os ataques e vandalismo contra as instalações das Finanças, e o Algarve tem sido precisamente a zona mais atacada. Por isso mesmo, sublinha aquele jornal, «trabalhar no fisco passou a ser uma profissão de alto risco».
O Sindicato justifica os cursos com um primeiro trimestre negro para os trabalhadores do fisco, o pior de sempre, com múltiplos ataques armados e agressões aos agentes da Administração Aduaneira e Tributária, que sofreram ataques de bandos armados e agressões de contribuintes revoltados com a austeridade fiscal do governo (aumento de IMI, aumento de IVA, penhoras de salários, casas, carros e outros bens, vendas coercivas, entre outras medidas).
E o jornal “i”, citando o Sindicato, aponta os casos de violência que justificam a abertura destes: em Lagos, dois indivíduos com arma de fogo e tacos de basebol atacaram o chefe à porta de casa, em Lagoa houve vandalização do serviço, em Oeiras uma funcionária foi agredida com a coronha de uma arma, em Viseu a chefe foi violentamente espancada por um contribuinte penhorado, quando estava em serviço externo, acabando por ter de ser hospitalizada, em Felgueiras foi apontada uma arma de fogo à chefe diante dos contribuintes, em Sintra houve vandalização do serviço e inscrição da palavra “ladrões” nas paredes, e em Sacavém houve ameaças e tentativa de agressão à chefe.
Os cursos começam dia 30, em Albufeira, serão abertos a sócios e não sócios do Sindicato, e pagos pelos próprios trabalhadores.
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