«1189 Último Massacre»: Nuno Campos Inácio edita o seu primeiro romance histórico

O primeiro romance histórico do escritor portimonense Nuno Campos Inácio, «1189 Último Massacre», editado pela Eranos, o novo projeto editorial […]

O primeiro romance histórico do escritor portimonense Nuno Campos Inácio, «1189 Último Massacre», editado pela Eranos, o novo projeto editorial do grupo Ésquilo, vai ser apresentado no domingo, dia 19, às 15h30, no Centro Comunitário de Alvor.

Nuno Inácio, autor das obras de ficção «Bem Vestido, com as Meias Rotas…» e «Marginais» e do ensaio político «Reinventar Portugal», envereda agora pela forma do romance histórico, neste caso, tendo por base a conquista de Alvor em 1189.

Autor do projeto de investigação Genealogia do Algarve, na mesma sessão pública apresentará os dados relativos à freguesia de Alvor desse projeto, o que promete uma tarde cultural inédita na vila, pois, pela primeira vez, serão apresentados em simultâneo um livro e um projeto de investigação relativos a essa freguesia.

A cerimónia contará, ainda, com dois momentos musicais, organizados pelo Conservatório de Música de Portimão – Joly Braga Santos, onde atuarão algumas crianças de Alvor.

Com capa e prefácio da autoria do arquiteto, escritor e investigador algarvio Victor Borges, terá a sua apresentação a cargo da ex-deputada pelo Algarve Antonieta Guerreiro.

Nuno Campos Inácio, natural de Portimão, é licenciado em Direito, Oficial de Justiça e investigador de genealogia, sendo responsável pelo portal genealógico do Algarve www.genealogiadoalgarve.com.

Iniciou a sua carreira literária há 12 anos, com a edição da novela «Bem vestido, com as meias rotas…», a que se seguiram o romance «Marginais» e o ensaio político «Reinventar Portugal».

Dedicado à investigação, foi autor do “Apontamento Genealógico de Manuel Teixeira Gomes” e de outros trabalhos sobre história local da região algarvia.

Com «1189 – O Último Massacre» entra no campo do romance histórico, que denota uma combinação perfeita entre os conhecimentos de história e a inata capacidade de escrita romanceada.

 

Sinopse

 

Em Maio de 1189, uma frota composta por 40 embarcações, tripulada por Cruzados nórdicos a caminho de Jerusalém, aportou na Ria de Alvor, fazendo um cerco à cidade e conquistando-a.

Como consta das fontes coevas, toda a população foi massacrada e a cidade completamente destruída, contabilizando-se o número de mortos em mais de 5.000, ou seja, a população que essa localidade só conseguiu recuperar oito séculos depois.

O presente romance histórico pretende relatar os acontecimentos que culminaram na conquista mais trágica e ignóbil da história de Portugal, infelizmente, muitas vezes oculta dos compêndios da história nacional.

Ao longo da presente obra, o leitor poderá acompanhar a viagem das forças cruzadas, conhecendo as diferenças culturais, geográficas e urbanas dos vários elementos que as compunham, havendo descrições das seguintes localidades: Hedeby, Jelling, Kaupang, Bremen, Flandres, Londres, Jerusalém, Santiago de Compostela, Lisboa, Sagres, Lagos, Portimão, Ferragudo, Alvor, Alcalar, Monchique, Silves, Estômbar, Albufeira, Faro, Loulé e Messines.

Um romance que aborda a diferença cultural entre Cristãos do Norte e do Sul e entre estes e os Muçulmanos e os Judeus; um romance que procura desvendar a real motivação dos combatentes; o papel de Filipe da Alsácia na conquista de Alvor e de Silves; a intervenção das Ordens Religiosas Portuguesas dos Templários, Hospitalários e Espatários; as diferentes formas de interpretar Jesus Cristo e a sua ligação com Maria Madalena e muitas outras surpresas.

Uma obra que pretende ser rigorosa na descrição das forças em conflitos, quanto ao traje e armamento utilizado.

Acima de tudo, trata-se de um romance que pretende chamar a atenção para uma lacuna grave dos compêndios da história de Portugal, uma vez que Alvor foi a última cidade da Europa Medieval que viu toda a sua população chacinada.

 

Alvor no Projeto Genealogia do Algarve

 

O levantamento genealógico da freguesia de Alvor consistiu na análise e tratamento da informação dos registos paroquiais de Alvor, desde 1723 (data do livro mais antigo conhecido) até 1905 (último ano de livre acesso ao público).

Apesar deste intervalo temporal, encontram-se pessoas registadas, naturais de Alvor, desde o Século XVI, conhecidas devido a ligações com outras freguesias que possuem documentos mais antigos, como é o caso de Portimão, ou pela consulta de outros acervos documentais, como as Chancelarias Régias e Processos do Tribunal de Santo Ofício.

Neste momento encontram-se registadas 11.130 pessoas naturais de Alvor, a que se juntam 5.100 pessoas que, não sendo naturais dessa freguesia, aí casaram ou faleceram, num total superior a 80.000 dados informativos lançados.

Com este trabalho ficamos a conhecer, por exemplo: quantas pessoas nasceram, casaram ou faleceram em cada ano; profissões dos seus habitantes; distribuição demográfica; toponímia; número de filhos por casal; onde vivia cada família e quais os sítios ou ruas mais populosos da freguesia; estatuto social das famílias; número de expostos e de filhos de pai incógnito; população escrava; população judia; encontrar personalidades descendentes de famílias de Alvor; conhecer a genealogia das famílias de Alvor e relações familiares entre a atual população de Alvor; saber de onde vieram muitas das famílias que, ao longo de décadas, contribuíram para o desenvolvimento dessa vila.

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